sábado, 13 de outubro de 2007

Vide Bula.

Sobe como um raio pelas pernas. Atinge o ponto x, ou melhor dizendo o ponto G, aliás, ponto C, C de coração. Não é redondo, não é fálico. Não tem forma alguma na verdade...
É o extasy, é a cocaína, anfeta, e heroína, tudo ao mesmo tempo. Sua dose é pelo olhar, pelo toque, pelo sexo e pelo beijo. A sensação que causa é taquicardia, sensação inexplicável. Ataca todo o corpo. No tato, o suor frio. No olfato, o cheiro familiar que te acalenta. No paladar, seu sabor de frio na barriga. Na visão, um doce pros olhos. Na audição, suavidade em palavras.
"A raridade está no outro. A busca é infinita. A verdadeira se cultiva." Thaís diria.
É sentido, com sentimento. É sentido no encaixe, e no 'talvez' de que esse encaixe só se encaixe com apenas um. Aquele. Ele, ou ela. Na crença de que só há encaixe com apenas um. Aquele. Ele, ou ela.
Era tudo isso rondando os pensamentos de Valéria, e ela não sabia mais que caminho seguir, o vício do corpo no corpo, o gosto do beijo no beijo, a sensação do coração acariciando o outro coração. Diante disso tudo é agora tão sem graça, tão sem gosto. "Domino o gosto mor agora! E é o único gosto que quero sentir pro resto da vida." O gosto mor de Antoine, não se compara. Assim que quer, assim será.

Nenhum comentário: