terça-feira, 9 de outubro de 2007

Tribunal de Pequenas Causas.

Para Samu, que se machucou como eu me machuquei, mas que irá se curar como eu me curei...



Há males que vem para o bem, e tem. Desde pequenininha quando eu ficava observando as cinzentas massas de gases, mais conhecidas como nuvens, flutuando e se aglomerando para depois cair um toró, minha mãe sabiamente dizia "depois da tempestade vem a calmaria." Bem cheguei à adolescência, e depois ao início da minha vida adulta, e toda vez que as nuvens cinzentas e o toró caíam dos meu olhos minha mãe continuava, sabiamente, com seu mesmo ditado "depois da tempestade vem a calmaria.". Bem, entre o lamber os dedos e passar no pescoço para passar a dor de garganta, e rezar pra Deus dar comida pras criançinhas, acredito eu que essa sua crença da tempestade e da calmaria sempre teve um embasamento histórico e digamos que ate científico (afinal depois da tempestade literal, REALMENTE vem a calmaria, literal).
O negócio é: a gente sempre acha que as dores nunca passam, que a tristeza jamais irá sumir, e blábláblá, todo esse papo de sofredor depressivo e pessimista, mas no final de todo esse sofrimento realmente vem a calmaria, e todo esse sofrimento acaba tendo até um sentido. Aprendemos demais com ele, esse tal de sofrimento, aprendemos talvez a voltar a amar alguém, ou ate á amar um outro alguém, pode fortalecer uma amizade, pode até nos ensinar que pular por cima do arame farpado por uma aposta talvez não seja tão boa idéia assim.
Pode ser que sim, tristeza não tem fim e felicidade sim, mas é pelas poucas felicidades que temos é que aprendemos a valoriza-las, e quem sabe depois das dores acabamos aproveitando melhor esses momentos. Como os próprios gregos costumam dizer, Carpe Diem.


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