sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Quem ser eu.

Eu sou morena, ruiva e loira. Sou magra, gorda, tenho o peso ideal para a minha altura. Sou petite, 1,68m, muito alta. Na verdade, eu sou nada, procurando por tudo.

Estas nuvens que por mim passam.


Sentada. Tomando um gole da garrafa pet de Sprite, seu refrigerante preferido. Pensava. Pensava que ali sentada passaria pela calçada alguma solução qualquer que a tiraria da monotonia. Fora em festas, confraternizações, saideiras, e botecos sujos de copos imundos. Porém, solução alguma lhe aparecera. Então resolveu ali sentar e encher a cara de refrigerante. Colocava a mão no queixo, deitava de barriga pra cima ignorando os vermes e bactérias que na calçada vivem, se reproduzem e morrem, em nome das nuvens que obsevava passar em sua lentidão corriqueira, função de nuvem. "Aquelas nuvens se mostram mais monótonas do que a minha pessoa, pensou. E depois levantava, tomava outro gole, deitava e levantava. Nesse sobe desce nada de monótono estava acontecendo ao seu redor. Nesse sobe desce ali passou a empregada levando a mascote Filomena para seu passeio diário, o entregador da videolocadora entregando a encomenda para a casa vizinha, passou Tia Leda que olhou pelo canto dos olhos a garota olhando para as nuvens ( e ainda pensou consigo mesma "essa juventude não faz nada, na minha época as coisas não eram assim"), passou Eduardo, Celso e Marcelo, três reles desconhecidos que caminhavam pela vizinhança aleatoriamente. Eduardo, Celso e Marcelo, o primeiro passou às 13 h, atrasado para a faculdade, escolher aquele caminho pareceu-lhe uma boa ideia por ser um atalho para seu destino já que se encontrava atrasado para a aula de Teoria da comunicação. O segundo, Celso, passara meia hora antes de Eduardo, estava perdido, buscava a casa do amigo Robson que lhe dissera para virar na terceira rua à esquerda. Mal sabia ele que aquela já era a quarta à esquerda. Marcelo sabia muito bem onde estava, acabara passando em um concurso e seu objetivo ali na rua dos Almirantes era entregar cartas, era um tanto novo para o cargo, mas carregava em seu corpo a farda dos correios com orgulho, acreditava que quanto mais propagarmos os costumes de antigamente melhor a geração futura manterá valores que a sociedade atual está se esquecendo. Ele passou às 15 horas e 23 minutos.
A menina, ali, ocupada de se deitar, levantar, tomar um gole de seu refrigerante de preferência, e lamentar seu cotidiano medíocre, esqueceu-se de olhar ao seu redor e perdeu três chances de amar.

Não me toques.

Uma certeza me permite concluir um fato que me constrói, seria esse fato minha condição de mulher que não me permite fazer o que é certo. Minha condição de humana me restringe a errante diante de minhas próprias morais. Imoral. Não se tem certeza de nenhum fato, na realidade, já que sempre me proponho a andar por caminhos opostos cada vez que me viro. É a esperança de ter um final de história satisfatória tentando se opor ao medo das melhoras de espírito, que para ser tocada deve-se tombar, cambalear para então saber onde pisar.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Grotesco.



Meus defeitos são minhas melhores virtudes pois são eles que me constroem. Digo isso pelo simples fato de cada um dos meus defeitos, das incertezas de minha auto-estima ao meu egoísmo e pensamentos obscuros, me ensinam à supera-los e à partir dessa eterna guerra minha contra eu mesma que eu me derrubo e me ensino a levantar novamente. Cada defeito me fortalece, cada surto de tristeza na escuridão faz com que a luz se torna mais forte no final de cada anoitecer.
Talvez por isso meu fascínio e dedicação pelos defeitos e pelas tristezas, pois ao vencer cada batalha contra elas me torno uma pessoa melhor.

Truth about love.


This is the only truth: I have never loved. Never REALLY loved. There is no hole, no pain, no regrets, because I've never loved, and I'm glad. That is because it feeds my hope of a better future. It makes me wake up in the dawn, and fall a sleep at twilight. It is it, my hole, that will complete me. The one to be loved is a hole. For now I am complete on my own, because once I love there will be a hole, a hole that's created the minute I love. That hole apears inside of those who find love, because when they are put alone, with out their beloved one's, they feel uncomplete. The only one to fill them is the real and true love, that one that pierced a hole, right in between your ribs, in the middle of your body, in the middle of your soul, so that you can become a whole.
"A única justificatica plausível pro teu sumiço seria você estar morto" (autor desconhecido)

Watching over you.


It is them. Those people on the stairs are always watching me. Every single move, every single smile and tears. I can not talk, I can not dream, because of them. They are above, it's what they think. For me, it's just an illusion of theirs. For me, they're lower then hell, for they are my hell, all those people, all of them, that get up their stairs and watch, every...single...move of mine. They forget about their worlds, their forget about their houses, kids, and wives and trees. Ignore their problem. Their reality. Their lives. Choosing to point at me, down here, or up here when I look back and see them below. I close my eyes, walk the side walk, and try to get on with my life, watching my own life, living life, not going up stairs and watching.

sábado, 7 de novembro de 2009

Fé.

O deus é a paz. O demônio é o medo. É esse deus que eu tanto busco. É desse demônio de quem tanto corro. É esse deus que sempre me abandona. É esse demônio que sempre me domina. A paz. O medo.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tree.


Nunca sabemos o que fazer. Nunca sabemos. Na verdade não sambemos nada, apenas chutamos as respostas e torcemos para que dêem certo. Muitas vezes temos tudo, às vezes temos que começar do zero. É como se fóssemos aquela velha árvore de natal, baqueada, jogada no fundo do armário esperando o mês da glória. Já passamos muitos anos escondidos e ressurgindo das cinzas, iluminados, sorridentes. Todo ano aprendendo à lidar consigo mesmo, ano após ano recebendo uma roupagem nova, recebendo sorrisos novos, recebendo cores novas, todo ano. Todo ano estamos diferentes, porém nunca sabemos o que fazer com toda a roupagem que disfarça o que realmente somos, árvores quebradas e machucadas disfarçadas com sorrisos. Alguns de nós usam a decoração do ano passado, mas mesmo conhecendo cada bola, cada neve, cada estrela no seu topo, mesmo assim, conhecendo cada centímetro de si mesmo, não se sabe o que fazer, tem-se o risco da coisa ficar feia, tem-se o risco de ficar mais bonito do que o ano passado. Mesmo com os prós e contras tem-se o risco, sempre vai ser diferente, nunca vamos saber cada passo, nem repeti-lo, pois sempre vai ser diferente, e vamos continuar sem saber o que fazer, jogando a moeda e pegando ela no ar para então chutar: cara ou coroa?

domingo, 1 de novembro de 2009

10 Provas de que os alienígenas estão invadindo a terra.

Prova 1:
Pessoas assexuadas.



Prova 2:
Propagação da cultura capilar (de certa maneira uma homenagem ao personagem de animações terráqueas, o Pica-pau).



Prova 3:
Uso de trajes típicos da cultura extraterrestre.




Prova 4:
Castração da juventude por seus planetas estarem superpopulados, por tal razão a invasão do planeta Terra.




Prova 5:
Exemplo de espécies que propagam seus rituais de dança que são obiviamente sobrehumanos.

Michael Jackson
Shakira

Prova 6:
Exemplos de que os alienígenas precisam mudar de corpo com frequência pois o hospedeiro inicia um estado de decomposição.



Prova 7:
A adoção de terráqueos é feita para futuramente torna-los hospedeiros.


Prova 8:
Percebe-se que as fêmeas são similares às abelhas rainhas aqui na terra, reunindo espécimes machos para procriação.



Prova 9:
Têm-se a teoria que as fêmeas dominatrix são as líderes da espécie.



Prova 10:
Alguns não se adaptam de imediato como parasitas no corpo humano, sofrendo o que os humanos interpretam como insanidade temporária ou abuso de substâncias ilícitas.

sábado, 31 de outubro de 2009

Simplicidade.





http://laurelrose.tumblr.com

Reunião das coisas simples da vida, mas por um olhar belo.
Nos acostumamos com o azul do céu, e como ele combina com o verde da copa das árvores. Não acordamos às 5 da manhã pra ver o sol invadir as sombras pois estamos de ressaca ou temos mais o que fazer. Não nos apaixonamos pelo nosso lar, pois ele está todo dia a nossa disposição que já estamos acostumados. Não curitmos o frio da noite, ou o silêncio que ela trás às 3 da madrugada. Não conseguimos ver as estrelas por que a cidade está ocupada demais com a sua iluminação artificial. Quando vamos à praia nos preocupamos demais com nosso corpo, nosso bronzeado, nosso almoço que tarda em chegar. Não olhamos o mar penetrando na areia, na linda do horizonte, nem observamos cada nuvem passar lentamente por cima de nossas cabeças. Somos ignorantes demais.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Para Carol e Maïté


O mundo é rápido demais. Só no meu curto tempo de vida passei por 3 quase fins de mundo, mas ainda não foi. O que é mais rápido ainda são as pessoas, quando você vê já passou aqueles dias que acabamos por dar valor depois que já foi. E não é que acabou não, ainda não foi dessa vez, é que as pessoas começam a viver o novo, e é tão bom torcer por esse novo dos amigos. Dá frio na barriga, dá esperança, você sonha com eles, ajuda nas malas, manda cartas, e às vezes demora com as cartas por que o mundo do lado de cá também passa rápido demais. Quando vê já casou, já se formou, já se mudou e é feliz. O coração parte com as partidas, às vees torcemos de uma forma boa para a partida demorar, mas também torce pra que aconteca logo pois gosta de ver o sorrisão dessa pessoa querida. São vai e vens, mas que quem veio pra ficar nunca vai do coração. Estou me preparando para alçar vôo, conhecer o mundo que tanto sonho, e vocês amiga francesa e amiga chique, também partem para suas jornadas. Mas o amor é muito forte, inquebrável, me casei com vocês e essa aliança pode passar anos, pode passar brigas, não se quebra, já vivenciamos passados demais, quase 10 anos com uma, quase 5 com outra, e nada vai mudar nos próximos que irão vir.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

De onde vem a calma.


Há muito que não te visito não é Luísa?
Penso em muitos nomes ultimamente, mas nenhum um apetece.
Provavelmente sou impermeável pois quando os sentimentos
me molham continuo seca.
O sexo sem sabor, o beijo sem amor, o abraço sem amizade.
Você entende?
O esgotamento do social me encontrou, quase como uma morte
que cobre os olhos dos agora desalmados.
Este é meu cigarro com marca de batom, meu passo para esta morte, mas não me interessa essa conversa de que um dia ele me matará, irei morrer querendo ou não, neste instante, o "ou não" não entra em questão.
Eu sei Luísa, vou parar de falar besteira. Me dê um beijo e tudo ficará bem você me diz?
Não, não irá ficar bem. É só uma ilusão passageira essas palavras.
Acreditamos que ficará por que alguém que amamos sonoriza essas palavras, mas a felicidade não passa de um suspiro, o bom não passa de utopia, mas o importante é que não abro mão do meu otimismo, acabo realmente com esperança de que tudo ficará bem.
Estou aprendendo a libertar meu coração, meu signo é da água, então consigo me transformar gradativamente, é o que dizem deste elemento não é?
Inspiro e expiro, às vezes cinco vezes, às vezes dez.
Você me sabe, entende que consigo ser bem esquentada, e isso não me faz pensar direito, acabao agindo com insensatez. Refleti muito sobre isso, e por tal razão que decidi me acalmar, tomar outros ventos, colocar músicas mais pacíficas no meu som, controlar o pensamento do sangue quente.
Vou me postar em frente ao controle. Talvez seguir o budismo para ter ao menos crença em algo.
Acredito que nunca terei a tua paz Luísa, você é um doce.

domingo, 30 de agosto de 2009

Enfim...


"Esqueça-se da AIDS, das drogas, das bombas nucleares, das experiências genéticas, da manipulação da informação pelo poder. A verdadeira ameaça, a mais presente, são os ciúmes e o desejo, o êxtase, o arrebatamento, o momento em que você terá de derrubar as estruturas sobre as quais assentou seu equillíbrio mental. A paixão é a ameaça mais presente, não importa o quão racional você pense que é. Ninguém está a salvo.
Melhor sentir falta de algo do que acabar sentindo que sobra algo. Prefiro a saudade à rotina."

trecho do livro 'Amor, curiosidade, prozac e dúvidas.' da Lucía Etxebarría

Dance.


Talvez isto seja somente uma inspiração plagiada, porém, lá vai...

Sempre busquei tesouros para preencher minha vida: um bom emprego, bons amigos, um grande amor, um mascote para me receber após um longo dia...
Tem dias que olho para trás e penso quantos desses tesouros passaram pela minha vida, e já se foram. Amizades que amei profundamente e que por fim me decepcionaram e viraram as costas. Amores que prometi amar pra sempre, e prometeram me amar pra sempre, e que por fim, não restou nada. Empregos dos quais eu acordava completamente estimulada para vestir a camisa, e que por fim, vi a verdadeira face dele e o quanto eu me doava para algo que não fazia questão.
Porém,sempre tentei que o passado não atrapalhasse o futuro. Amando novas pessoas, e buscando novas formas de provar que nem todo mundo é assim.
Tive amarguras, tive dias felizes. Tive altos, e baixos. Momentos de solidão, momentos rodeada de amigos.
Quando se é mais nova você se imagina com 18 anos, e se alegra em imaginar sua faculdade, sua independência, não ter limites. Ao chegar aos 18 aos você percebe que não é todo esse glamour, e sonha ter seus 25 onde terá um bom emprego, carreira promissora, estará formado, provavelmente com um mestrado no exterior em vista, talvez um companheiro com quem futuramente poderá se casar e...ao chegar lá, vê que não é bem assim. Aí se sonha com os 30, talvez já casada, planejando ou esperando por um filho, uma casa própria paga em 50 prestações, feliz...e...bem, acabou não sendo bem assim.
Sonhamos, planejamos, desejamos.
Temos medos. Receios. Pensamos demais.
Não dizemos "te amo" para pais e amigos com a frequência que deveríamos.
Somos egoístas, somente pensamos no vamos ganhar com aquilo.
Muitas vezes não focamos.
Não damos valor ao presente, sonhamos demais com o futuro e esquecemos os podres do passado e achamos que naquela época tudo era melhor e que ele te amava apesar do que fez contigo (de repente você não se lembra do quanto sofreu), ou que aquela amiga era muito confiável e que nem se lembra por que se separaram (talvez por que ela te trocou por novas amizades, mas você não se lembra direito), ou que sente falta da sua infância (apesar de você ter sido uma criança solitária).
Apesar do que falam por aí, NÃO APRENDEMOS COM NOSSOS ERROS.
Apertamos a mesma tecla até o fim.
Como falam por aí, A ESPERANÇA È A ÚLTIMA QUE MORRE.
Eu canto sozinha por aí, eu danço, pinto, vejo filmes mais filmes, lembro do passado, mesmo esquecendo seus podres, e sonho demais com o futuro. Não aprendo com meus erros, mas mesmo assim, tento me conscientizar de quais foram para quando insistir em um erro ao menos saber onde estou pisando.
Amo amigos, me entrego à paixonites, faço tudo o que meu coração manda fazer, mas sempre com o ouvido na razão e preparada PARA SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS. Vou contar-lhes um segredo: talvez você seguir seu coração, fazendo o que você tem vontade mas respeitando seus limites (e o dos outros), e se você se preparar para qualquer consequência, é o segredo para não se arrepender. Então diga "te amo" quando sentir vontade, beije e abrace quando sentir vontade, coma aquele bolo inteiro quando sentir vontade, sorria, ria, GRITE, dance sem música, pule, bastante!, escreva o que sente, desenhe o que sente, bata fotos de todos os momentos felizes, MUITAS!, relembre o passado mas valorize o presente, curta as paixões não correspondidas pois quando você encontrar seu verdadeiro amor vai sentir falta da dor de cotovelo, curta as paixões correspondidas mesmo que não seja a pessoa da sua vida, não machuca conhecer alguém diferente até que o amor da sua vida venha, caminhe na praia com um bom amigo no final da tarde, faça uma viagem para qualquer lugar sem propósito algum num fim de semana de folga, viaje muito, pergunte o nome do atendente ou da vendedora, além de você conhecer alguém diferente você fará com que essa pessoa se sinta feliz por algum cliente dar o mínimo de atenção só pelo fato de perguntarem seu nome, e consequentemente trabalhará mais estimulado, cuide de uma planta e converse com ela, cuide de um animal e converse com ele, curta os momentos felizes, curta os momentos tristes, sim, pois é depois de algo ruim que vem a coisa boa, e se não fosse por esses momentos jamais daríamos valor aos momentos felizes, assista documentários, seja curioso, leia muito, escute músicas que você nunca escutou mesmo as que você detesta, só podemos odiar aquilo que conhecemos, aproveite e vá para algum lugar que você jamais iria mas sem preconceitos, acredite, você tem com se divertir lá se você se deixar levar, saia com um conhecido que você jamais saiu, o pior que pode acontecer é você conhecer gente nova.
Não sou feliz, nem sou infeliz, por isso siga essas dicas sabendo que não são garantias de uma vida de felicidades, mas sim uma vida de experiências.

Como uma vez disseram: Work like you don't need money, love like you've never been hurt, and dance like no one's watching.

(Trabalhe como se você não precisasse de dinheiro, ame come se você
ê nunca tivesse se machucado, e dance como se ninguém tivesse olhando)
http://www.boloji.com/family/00108.htm


domingo, 23 de agosto de 2009

Bang bang...


my baby shot me down. Somethin' like lonelyness. G'nite.

"I was right, from the start, all along
maybe the sun wasn't made to bright too long
maybe people like me should'nt be

could you please make truth apear
babe, not so near
I'm triyin to make it heal
I'm banin you from any place near"

domingo, 9 de agosto de 2009

Reach me.


Can you see this? Isto é uma mão.
Uma mão desesperada, mesmo assim uma mão.
Ela se joga, buscando uma corda para se erguer,
um parapeito para se apoiar, talvez até mesmo
uma outra mão.
Talvez uma outra mão desesperada,
para assim compartilhar seu desesperao
com alguma mão que a entenda.
Talvez uma outra mão, compreensiva,
que consiga ler suas entrelinhas,
e então dar-lhe o que precisa,
como esta mão sempre sonhou.
Mão egoísta, talvez.
Aliás, qualquer mão serviria em tempos
de desespero.

sábado, 8 de agosto de 2009

Je ne suis pas là pour être aimé. (Não estou aqui para ser amada. )


Não me perdoo. Somente precisava de um capuccino e um bom livro pra sentar na minha poltrona favorita ao lado da janela da sala, e um outro detalhe que cairia bem pra completar o cenário perfeito na minha concepção: um abraço teu. Passei por abraços mil, mas nenhum se iguala ao teu. Tudo bem, era pra ser assim, você o príncipe do cavalo alvo, mas você se torna de modo simples outrora minha alegria, agora mais um cadeado em torno do meu pescoço. Um porco-espinho ronda a minha casa, despreocupado, gastando-se em momentos simples. Frágil como sou, sempre acabo por me machucar, lúdico. Apontam-me o dedo ao passo que reduzo no canto da sala, assustada mãos cobrindo o rosto, me gritam "se deixe ser amada" "não estou aqui para isso, são negócios". Mas não estou mais aqui para isso, não mais, é assim que tento me convencer, fechada para balanço, esse era o último e coisas do gênero. Veja bem, não confio em você, nem nele, sou uma taça de cristal rachada, sou imperceptível às críticas que me sugerem mais que tudo na vida o amor que mereço. Mas não me dêem isso que eu tanto quero, não quero mais. Só quero o teu abraço, morno, frio, você não me faz feliz.

Butterfly.


Peguei um giz de cera cor de rosa e risquei em minha parede branca e sem graça dois corações, formando assim asas. Ao terminar o contorno me sentei no chão e encostei colando as asas às minhas costas, alço então um vôo, simulo assim a liberdade. Eu uso as pernas pra correr, eu uso as mãos pra me pentear, e é uma corrente com cadeados que protejo meu frágil coração.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Toi parfume c'est mon vie.


Ah se você simplemente pudesse sentir o teu beijo como eu sinto, você saberia muito bem do que eu estou com sede. Tantos dedos envoltos por tua pele tocam o infinito que eu sou. Percebe o calor? Ah se você sentisse o calor que eu sinto querido amante. Não passaria um segundo de roupa. Como eu tento. Seguro as vontades uma por um, tão eficiente quanto mãos segurando água. Escorre corpo abaixo, exalo o cheiro do "te quero mais que nunca", tanto quanto o teu cheiro cola em mim, me persegue até a hora de dormir para assim provocar meus sonos que sao incansavelmente sobre você. Corrompa meu céu infinito que já não tem mais tempo para sonhar. É só contigo que me torno selvagem, um espírito livre como sempre desejei ser, é somente ncotigo que me torno humana, é só contigo que eu sinto mais além, meu querido amante secreto. Caminhe em minha direção, que o imã me atrai a você mais que a física possa explicar, meu sangue ferve por você mais que a ciência possa explicar, eu me distraio mais que a religião possa explicar. É assim que me levo a acreditar que Deus existe, por existir criatura tal, que mexe com todas as ciências que eu conheço, e ate mesmo as que eu desconheco, tal qual a minha pessoa. Quand on est con, on et con

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Soul.


Meu sexo sempre denunciou minha liberdade, confesso-te hoje que agora desejo estar presa. Basta de liberdade. Não estás a pensar na liberdade errada, está? Veja bem, sempre tive medo de me atar à algo que me faça lembrar o estado de se prender à alguém, fugi de um casamento, de um noivado, de um namora, de um fica até mesmo de uma amizade colorida. Freud uma vez me explicou que provavelmente era culpa do meu pai, conheci três de suas raparigas em um jantar que mamãe fez nos domingos de jogo de futebol. A pobrezinha não sabia, mas eu nunca me enganei quando se levava em consideração o fato de que papai é homem. Aliás, era, que Deus o tenha. Nessa época já tinha minha puberdade e alguns garotos para contar vantagem. Driblava suas paixões por mim, negava a vontade de um grande amor, por mais que fosse isso o que eu mais queria. Por anos a fio minha promiscuidade revelava meu medo, aliás, pavor de criar laços eternos. Fui solitária ao extremo, cheguei a me envolve com um, por carência, e ele, louco por mim. Mas as falhas, defeitos e erros me fizeram desaparecer pucos meses depois. Pensei que era lésbica, pensei que era frígida, pensei que talvez eu fosse do tipo que ficaria pra titia morando com seus dez gatos para por fim morrer engasgada com uma macadâmia e ser encontrada um mês depois devorada pelos mascotes e só encontrada por que um menino de nove anos tentou invadir minha casa como traquinagem para provar aos amigos quão corajoso era. Por fim descobri que minha anti-socialidade para com a versão masculina do ser humano se devia ao medo. De ontem em diante resolvi colocar as mãos ao alto, atirem se for atirar, me abracem se for para me amar. Tirei os cadeados e quero tentar amar de verdade, me prender, a alguém, tentarei.

A Carta


Preste atenção Gustavo,


sei que há muito não lhe escrevo, porém venho por meio destas humildes palavras de desabafo me redimir. Sinto sua falta incansavelmente querido amigo, me perdoe, troque minha ausência por abraços eternos, talvez assim sendo poderás se sentir confortado pela solidão que lhe impus devido ao chá de sumiço que devo ter tomado sem conhecimento em alguma tarde de leitura em um café de esquina. Provavelmente aquele na esquina do meu prédio que apesar do desleixe do lugar denunciado pelas paredes de tons escuros descascadas, e uma ou outra preguiça dos atendentes, faz o capuccino que é do meu gosto. O chá que devem ter me oferecido por conta da casa por certo era de sumiço, deduzo que tenha sido por vingança daquela nossa visita, "querem nos destruir Gustavo" dizia eu repetidamente, hahaha, bons tempos.

Apesar da vida monótona acabo por ter algumas anedotas do dia-a-dia pra compartilhar, Gustavo? Tá lendo? Você sempre devaga na leitura, melhor lhe chamar a atenção vez ou outra.

Ah querido amigo, lhe conheço muito bem! Sei do teu desejo de se tornar presidente da república, procede? Até hoje não é? Você sempre foi um espírito livre, igual a mim. Talvez por isso que todos os rapazes que tive lhe tinham um ciúme incontrolável, tinham total ciência de que erámos nós os incontroláveis. (Até tinham razão de certa maneira, sabiam de nossos beijos às entocas, mas não sabiam que apesar disso nunca levamos pouco mais adiante. Talvez receio teu, talvez medo meu, mas nunca negamos nossa quimica não é?) Num estalar de dedos parávamos em Roraima, em um piscar de olhos, Mato Grosso do Sul. Boas viagens, entoados pelas canções de estrada "meu limão meu limoeiro, meu pé de jacaranga!", você não é nem um pouco afinado querido, saiba desde já, palavra de uma velha amiga.

Me recordo cena por cena de nossas idas às boates noturnas, você me induziu aos meus primeiros porres e ressacas, e eu lhe induzi às danças que no dia seguinte batiam como vermelhidões nas bochechas devido á lembrança dos movimentos desengonçados que fingiamos ser passos modernos ao som das batidas das caixas de som, hahaha, nossa cumplicidade sempre convenceu os outros que as mais puras histórias inventadas eram verdades. "Velhos parceiro de crime" dizia o negão da bodega. Lembra-se dele Gustavo? Sempre nos cedia um caldo de galinha nas madrugadas enquanto distraiamos-no com nossos contos das ultimas trapalhadas. Ainda ecoa em meus ouvidos aquela gargalhada alta e musical que ele soltava aos quatro ventos.

Acabou-me o espaço da escrita, e não consegui escrever metade de nossas memórias, muito menos minhas novas anedotas, considere isso uma brecha para lhe escrever muito em breve.

Sei que você já partiu Gustavo, e sinto muito em dizer que não estive ao teu lado nos últimos tempos. Sinto a dor no peito de não poder receber tua respostas nem sentir teu abraço torto que sempre me dava. Mas saiba, sempre receberás palavras minhas, nunca é tarde para recuperar o tempo perdido. Que Deus esteja aí em cima a sua companhia lhe guiando.


Um beijo, um abraço e uma cachaça, como sempre brincávamos.


Sua velha amiga,


Elis.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quem e voce? Que eu nao sei evitar, que eu nao sei desistir. Teu gingado me leva pra la, e eu so me encanto com seu todo inteiro, e todo detalhe pequeno, cada parte me encanta, mesmo nao podendo. E la se vai minha paz, isso nao se faz. Por que toda mulher quer um rapaz que sabe desse leva e traz de amor. E todo rapaz quer, uma mulher que lhe quer com louvor.
Se nao puder, me leve como qualquer mulher, eu aceito a condicao de nao ter mais um coracao.
Mas eu nao vou deistir de tentar te convencer. Voce samba como ja sambei, voce ama como ja amei, entao deixe todo o seu mundo guardado na minha mao. Nao quero te confundir com toda a minha timidez, perdoe o que eu nao sei, mas o que eu sei e que vou te convencer.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Vale 1 conselho.


Se conselho fosse bom, a gente vendia. ( será que o ser humano não pode dar nada bom de graça?).
Muitos conselhos foram dados, e talvez nem metade seguidos: carpe diem, cú de bebo não tem dono, quem com faca fere com faca será ferido, cavalo dado não se olha os dentes, e por aí vai. Os conselhos que ninguém segue a gente sabe, como o famoso "aprenda com o passado" ou então "com o erro dos outros", mas a gente insinstentemente erra, e só pode ser porque gosta! Teima em amar aquela pessoa, teima em perdoar aquela amiga que sempre magoa, teima em bater boca com a mamys quando ela tá dando bronca, mesmo sabendo que o melhor é ficar calado. Reflete-se então: conselho nunca é bom, senão a gente vendia, mesmo os que tem pé e cabeça a gente não segue, nem mesmo quando a gente dá a gente faz, então qual diabos é a utilidade dessas frases já formadas no dito popular, ou que às vezes criamos pra satisfazer um desespero de um amigo?
Só pra confirmar o fato da minha contradição existir: ao menos alguns eu sio, quando me apaixono me entrego (mesmo sabendo que vou me f*** pra c****), tento deixar de lado as preocupações numa noite de diversões pra colocar minha cabeça 100% naquele momento, sempre digo o quanto amo meus amigos. Tomara que ao menos esses venham a calhar, ou não né? Senão vou ter que pagar os direitos autorais do conselheiro.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pagodeira.

Ás vezes a gente nem percebe, e acontece, ou ás vezes a gente acha que aconteceu e nem é. Só sabe-se que o coração da gente sempre vem com defeito. É uma peça que já vem com defeito de fábrica, e TODO mundo sabe mas não reconhece. Finge que já passou as dores, que aprendeu com o passado, que nada mais daquilo irá acontecer, que o coração não vai mais bater forte pelo passado, ou pelo novo mas que a gente sabe que não dá certo. O negocio é que a arritimia do amor nunca para. A gente sempre acaba se apaixonando pelo maloqueiro da rua, pelo amigo que tem namorada, pelo cara que tá nem aí pra você, pelo melhor amigo, pelo ex, pelo cara galinha que todo mundo sabe que não presta...etc. Nunca nos apaixonamos pelo cara que se declarou pela gente, pelo que tem tudo a ver, ou que tem nada a ver mas que daria certo, etc. A GENTE SEMPRE BUSCA O QUE OBVIAMENTE NÃO PRESTA, já dizia Clarice. Bem como dizem nosso amigos pagodeiros: o amor me pegou, tentei escapar não consegui...
E lá vamos nós de novo, lutando com o coração e teimando com a razão, fazer o que né?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mamãe sou Hype. (pin-up is so last week)


Entre uma sugada da caipirinha e algumas tragadas roubadas de cigarro que me surge a frase título de uma já existente comunidade: "mamãe sou hype". Eis aí uma questão para o mundo, induzida para todo e qualquer ser humano e que por fim chego em uma só conclusão: humanos precisam se definir! Dependendo de seu grau percebe-se em qual quesito que essa necessidade se extende. Alguns tem um extremo desejo de se definir quanto a estilo, daí o hype, ou indie, ou patricinha, ou o que seja, igualar o seu estilo a um grupo de pessoas que também precisam definir um estilo de vestimenta, ou gosto musical. Outros precisam se definir no quesito sexual, ser homo, hetero, bi, pan, etc...o que sua imaginação puder criar. Ainda existem aqueles que pretenem se definir como pessoas, o famoso "quem sou eu" do orkut, e dou graças àqueles que botam "ainda não sei", pois são esses que mais me interessam, são esses que não escolhem tendências para seguir, que não procuram decorar tópicos de notícias para ditar para os amigos, não anseiam pelo livro da moda, ou cantam o hit underground do momento, apenas se deixam levar pelos gostos reais, se permitem criticar ou gostar de algo independente do gosto social. Não gritam "mamãe sou hype" "mamãe sou emo" "mamãe sou indie" " mamãe sou homo", mas gritam a todo pulmão "mamãe não sei que porra eu sou, e mamãe, talvez isso signifique que eu sou simplesmente eu, não sou fruto de tendência, não sou dicionário das mais inteligentes citações de grandes autores históricos pra por fim me passar também por inteligente, admito minha normalidade, não tento ser igual sendo diferente, nem tento ser diferente sendo igual, admito minhas loucuras momentâneas, admito que as vezes gosto de coisas cults tanto quanto também gosto de coisas pops, o importante mamãe e que eu ainda não me defini, e isso só prova que estou livre."
Eu tô no grupo que não sabe em que planeta nasceu...



TAMBÉM SOU HYPE

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Cansar e padecer. Não se sabe mais qual a cor do sol quando bate o mar no fim do horizonte. E o horizonte? Continua concavo? Já não se sabe mais. O mundo cresceu. Cosmopolita e contemporâneo.

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...

A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...

A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...

O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...

No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(4x)

domingo, 31 de maio de 2009


Meu amor,
saiba que meus braços são teus, te procuro sem cansaço, te desejo mais que minha paz. Te beijo incansavelmente, te acaricio noite adentro. Saiba. Esteja acima de tudo, esteja fora desse mundo superficial, observe tudo por fora, assim como faço. Sei que és como eu. Sei que tu não tens ânsia por modismo, nem se vangloria de tua personalidade. Sabes de tudo um pouco, e sabes que o sábio é o que admite que nada sabe. Não cita nomes pra demonstrar inteligência, não usa calças apertadas pra mostrar que é legal. Não busca olhares de mulheres "montadas" pois sabe que delas não exala perfme algum. És seguro, és um homem seguro. Não necessitas de nada de fora pra que saibas o que é por dentro. Me conta histórias, me desenha em teus cadernos, e cita trechos dos livros que tu lê e que eu iria gostar. Rio com cada gesto teu, me desmancho em cada abraço. Brinco com cada tolice tua, e ri de cada tolice minha. Sabes que reviro os olhos quando me exalto, sei que ficas calado em momentos apropriados. Você me faz rir, nunca nenhum outro o fez. Contigo finalmente sinto amor, contigo finalmente sinto alegria, contigo sinto o sol, contigo beijo a noite, contigo sinto orgasmos. És digno, carrancudo, homem. Tens valores, ideais, caráter. És o mais belo de todos os homens, e independente de como o tempo irá lhe esculpir, continuará a sê-lo. Caso contigo toda noite, amo-te a cada dia. Fostes o único que me decifrou, que soube que meu silêncio é meu sofrimento, que minha alegria é inocente, que meus abraçs são de criança, que minhas lágrimas são de alegria, e as de tristezas se convertem em carrancas. Me fez acreditar que isso é possível. E isto tudo eu lhe direi, assim que fizer dois outonos do instante que eu lhe conhecer.

sábado, 30 de maio de 2009

O gato e o cacto.


O que pertence à minha alma que ainda não tenho conhecimento? Nem mesmo conhecimento sobre a alma que preenche minha carne tenho, não sei dissertar. Talvez a solidão, com meu cacto e meu gato, ícones próprios dos solitários, aquele que espanta mas é belo, e aquele que é belo e solitário, porém tem ansia de apego. O silêncio do quarto, o vazio da cama, o telefone que não toca, o abandono que me cansa. Ninguém pra me cuidar, divido-me em mim mesma, me levo pra passear, me levo para um por-do-sol saboroso. Converso comigo mesma, pra finalmente saber o que penso, quais meus gostos, minhas cores prediletas, meus sonhos e aspirações. Nunca os soube, eis o problema de dividir-se em alguém, nunca ter oportunidade de se conhecer, ter gostos originais, sem influências, sem comparações. Crio um unvierso somente meu, não lhe deixo conhece-lo, não lhe deixo penetra-lo, é sombrio, é assustador, por fim, é belo à sua maneira, beleza exótica infrigida pela minha curiosidade. Me detruo e reconstruo por entre pontes derrubadas e estantes da mais fina madeira ardendo em chamas. Há fumaça, há desespero, mas a esperança de se erguer uma nova parede por entre o caos me encoraja. Busco alcançar o mais alto dos muros, a mais longíqua nuvem, comer da mais rara fruta, impossível clamama alguns, para mim, apenas temporariamente não conquistado. Espero o verão me aquecer, para chegar até lá.

sábado, 23 de maio de 2009

Estou em um ponto da minha vida em que sinto que sou apenas observadora. Vejo as horas, que passam de uma só vez aos meus olhos. Vejo as pessoas em suas vidas fugazes, coloridas, inebriantes, observo-as, como uma expectadora interessada em alguma palestra científica, analiso, critico, e cada vez mais desejo estar fora desse caos todo. Há. Já são duas da manhã, já vejo que é mais uma noite sonhando acordada, imaginando uma vida que talvez eu nunca viverei, imaginando homens e casamentos com esses homens, e escolheno nome pros filhos que sonho em ter. Vinicius, vicente...Ás vezes volto pra realidade, e percebo, que as vezes imagino coisas demais, que narro a vida demais...deve ser a minha ansiedade.

Feliz 2009.

Nunca gostei de expor minha vida pessoal explicitamente.
Porém hoje percebi uma coisa, o quanto eu vivi intensameente neste ano. Falo como se o ano já tivesse ido, mas a s subidas e descidas de marés foram tão intensas desde o dia primeiro de janeiro que sinto ter vivido anos. Talvez eu tenha descoberto a fórmula que tanto procurei, talvez essa forma não seja a resposta que tanto procurei. Somente neste tempo me "divorciei", me apaixonei por uma pessoa próxima, me desapaixonei dessa pessoa próxima, me encantei com um estranho que conheci, e que senti como se já o conhecesse a vida inteira (pode-se dizer que já o conhecia, só não pessoalmente). Paguei mico, e me fizeram pagar mico. Fui contra meus ideais, e depois aprendi que eu tenho ideais que valem mais a pena de serem seguidos. Fui cara de pau em ter momentos tiete, coisa que sempre critiquei. Conheci o Rio, voltei pra São Paulo, vi o show da minha banda favorita, m seguida de uma banda que detesto, e depois de uma banda pela qual me apaixonei. Vi o show de uma atriz pornô. Pulei carnaval de rua, pulei carnaval na sapucaí, coisas que sempre odiei. Mas amei. Reaproximei-me de amigas, me afastei de uma amiga, e me aproximei muito mais de outra amiga e descobri que apesar da distância tem outras duas que foram feitas pra mim. Fiz coisa errada, fiz coisas aconselháveis, fui mesquinha e egoísta...e admiti que fui. Fiz "peitinho" num estranho, fiz minha primeira matéria como aspirante a repórter. Ampliei meu profissional. Recebi propostas de emprego, recebi propostas de saídas. Minha mãe adoeceu, minha mãe se curou, e eu e minha mãe passamos por cirurgias juntas. Perdi um gato, ganhei esquilos. Me aproximei de amigos que nem sabia que tinha. Conheci gringos, o que pra mim não já que sou uma, fiquei bebada na frente da família, mas tudo bem, passei mico com minha prima. Fiquei por ficar, com amigos, com estranhos, com bisexuais, de novo contra meus ideais, mas aprendi muito sobre mim mesma, que eu só quero ficar pra ficar pra sempre. Quero preparar as malas pra relizar um sonho, São Paulo, já que meu outro sonho coloquei de molho. Aprendi muito sobre mim mesma, amadureci, ao ponto de colocar um sonho de molho por admitir que ainda não estava preparada. Estou sozinha pela primeira vez na vida, pagando as contas, cuidando dos meus esquilos. Comprei roupas caras, comprei roupas baratas. Comprei um perfume importado pra minha mãe, e pretendo comprar um isqueiro caro pro meu pai, decobri que me dá prazer dar presentes supérfulos para eles por mais que eles não admitam que eles queriam muito aquilo. Bebi muito, e admiti que deveria parar porque era só pra disfarçar minha tristeza. Reolvi encarar de frente minha tristeza, e de que depois dela vem a felicidade. Fui muito feliz este ano, talvez mais do que nunca fui, ao mesmo tempo que também estive muito triste, mas meu otimismo de acorda todo dia, pra que tudo dê certo, pra que eu encontre um grande amor, pra que eu tenha o trabalho dos meus sonhos, pra que eu ganhe um gatinho pra cuidar como filho, pra ter minha casa na cidade que eu me identifico. Eu quero uma continuação a altura. Feliz 2009.

domingo, 17 de maio de 2009

Dentro de mim vive eternamente este fogo incansavel e faminto.
Entendo que a tristeza é passageira, isso consigo decifrar. Mas não entendo porque esta solidão demora tanto a partir, este desejo cresce em cada segundo desperdicado peloa dor, e espero loucamente por um sinal teu. Maldito telefone que não toca, maldita caixa de mensagns, maldito correio lento. Devo culpar as raõez diversas, ou apenas você que não me liberta?
Percebo que minhas frustrações são obsessivas, corroem meu peito sem ao menos pedir permissão. Talvez seja meu desespero, minha vontade incontrolavel de que venha-me um homem que decifre cada loucura minha. E que minha loucura completa se resuma apenas ao amor que lhe terei. Cuide-me, transe, contorne cada linha.
Analisei teu corpo com o olhos de uma só vez, disfarçadamente para que não fosse indiscreta a minha curiosidade. Sei que naquele momento fiz amor com você. Senti teu perfume mesmo que de longe, senti teu abraço mesmo sem te-los, me aqueci com teu peito mesmo só com o pensamento.

sábado, 16 de maio de 2009

Teus olhos me chicotearam por entre as fortes luzes, mal eu sabia que a partir dali meu coração não pararia de acelerar. Um amor fugaz, inesperado, mais um pra colocar de troféu na minha estante já abarrotada de corações partidos. O que fazer com as mãos, o que fazer com os pés, naquele olhar até mesmo de respirar esqueci. O teu calor que corta como faca me penetrou. Tua estrela tão distante, tua alma tão pesada, e eu lhe implorando para te deixar livre de todas as amarguras. Presenteie as a mim que já lido com ela há anos. Quero te poupar de sofrimento. Quero te poupar de tristezas. Aperte minha mão, livre-se da dor. Eu levarei a culpa por você. Tão fugaz assim. E eu sei que pra você também o foi. Mas tudo não passou de poucos segundos, quando teu olhar colou no meu com um sorriso bobo de amor, enquanto nos cruzavamos, dois estranhos, por uma esquina de nome qualquer.

sábado, 9 de maio de 2009

Eis aqui a perplexidade que vos demonstro em uma só colher de sopa. Deveria ou não a minha pessoa fugir? Se de tanto me vangloriei de jamais desistir de nada me coloco então diante de situação tal onde todos me aconselham o mesmo, desistir. Imagine-se com um coração na mão, negando cada verdade, se agarrando às possiblidades de serem prós e não contras cada uma das cenas. Se a realidade é essa porque lá no fundo sente-se que não o é. Mas por outro lado, às vezes acreditamos que um oasis está onde na verdade existe somente o calor e a armagura da areia ao vento solitário. Desiste-se, ou luta-se pela causa perdida. Não seria a insistência e a paciência passos pra vitória. Confia-se em que em tal circunstâncias. A alternativa é se agarrar ao pouco que sobrou.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Talvez seja o frio, talvez seja o calor, mas jamais será possivel ser os dois. É minha contradição interna que dissolve nos 32 graus celsius de 5 litros de sangue que por meu corpo passam. Tudo o que eu sei é que preciso de você na minha cama agora.


"Entre o mar profundo e o demônio, aquilo era eu."

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Inexata.

Sei que este meu sorriso não estampa minha alma. O mundo esquecido que agora me devora. Tudo anestesiado, agora dolorido, machucado, aberto. Como se independesse dos dias, das semanas, dos meses. Como castigo depois de tantas alegrias. Como que pena por não ter dado direito ao luto. Agora, luto. Me faz paz, me faz terna, me tire o medo que me consome mais que qualquer outro rapaz. Tantos prazeres sem sabor, perdidos no centímetro por centímetro. Insonso de tanta dor, prantos incolor. Escondido ali, camuflado, imperceptível aos olhos do público insensível, agora eu igual a massa, caminhando, combinando, sincronizada e amaldiçoada com o comum. Não se deixe levar, não se deixe amar, não se deixe entediar. Impacto no peito, já cansado e inútil.

E o alvoroço na mente, sem saber se sente, sem saber se não sente. Apropriada e a apropriar, o que é meu, o que será e o que foi, expulsar o que não deveria ali estar, fantasmas no meu quarto que me persegue pela vida. Apaga a solidão. Faz o prato de arroz, e vista o terno. Escova o dente, arruma a cama. Deita-se. Pensa. Dorme e acorda, no meio da noite. Entre tormentos. Entre pensamentos impróprios. Entre a escuridão que me sacode. É você com um clichê. E eu, que já nem sei. Talvez uma sobremesa. Talvez um jantar.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Memorando.


E não há veneno de cobra que amargue a minha pele.
Nunca entortarão o piso suficientemente pra que eu dê um passo em falso.
Não cultivo confiança em gente de rosto pintado.
Não crio expectativas em gente que não me apetitece.
Não continuo amor naquilo que não merece.
Haverá de vir um cartaz em letras garrafais pra dizer
para venenosos tais a ruina que sofrerão por
desejar maldade em vão.
E com dizeres tal como esta que
muitos depositaram a crença de que de certa
forma sou ingênua.
Mas minha ingenuidade estampada é pra disfarçar
o olho vivo, meu coração e meus sentidos
que jamais me trairão.
E que fique por escrito para você que usará
a carapuça que agora lhe serve:
Fernecerá. Apodrecerá. Por conta do que é
pra ser será.
É a inveja que te enfeia.
Ambição que te azeda.
Ruindade gratuita que te fede.
Tramas que em tua pele explodem.
E para a autora que aqui escreve somente
coisas boas virão.
Posso não ser a mais santa das santas,
mas nunca em vida me arrastarei pelas
costas de ninguém. Nem desejei maldade em vão.

sábado, 28 de março de 2009

dot.

It's here, by the side of my window that I hear the sounds of half past midnight, and I can't help but wonder all the world that's in flames in this saturday night. The laughs of drunk people, the musician playin sweet melodies, the dj dancing by the most recent music that the underground have given birth. Plenty of life passing right under my window, young men and women bouncing by. I'm only twenty one, and I have none. The emptyness does not attract me, I am nothing like them, altough last night I had pretend I was, like every other silly nights. It's a line, a thin line. And then it's gone.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Terra dos sonhos.

É uma terça-feira falsa. Mentirosa. Inacreditavel. Só mais um pesadelo de qual se deseja acordar. Apesar dos muitos amores no coração, todos bem encaminhados. Apesar de um sonho vivenciado no domingo passado. Apesar das constatações de amizades de bem e perfeitas. Olhando por esse angulo nada parece estar perdido.
Mas então porque parece estar?
O futuro, tão desejado cada vez mais distante. Novamente, um pesadelo de qual se deseja acordar.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Silencio.


Ela está apaixonada. Disseram. E de repente tudo mudou. O rasgar da seda de meses atrás agora é compreendido. "Ah então era essa a confusão toda do dia do jantar." Pensou ela com seus botões. Largou o prato em cima da mesa e foi pra janela, se jogar pra fora do mundo nervoso em que ela se inseria. Da escuridão que se via janela afora não se via mais sombra. O claro que brilhou em seu olhar após um simples salto para fora da casa negra a aflorou. Pintou o cabelo, trocou as roupas, mudou as fotos vazias dos retratos vazios. Estendeu a roupa nova, acariciou as fotos novas, observou a nova cor do cabelo no espelho. É paixão?
É Claro...
a nova cor do quarto, claro. Disse a uma amiga no telefone.
E daí que seu coração novamente bateu.
E a cada encontro, com a paixão, o coração batia mais, e mais, e mais...
Ah, agora ela assume, a paixão, claro.
E na beira da cama escreve cartas, frases, palavras, e espera, espera, espera.
Foi numa só noite. Foi bom. Ele lhe prometeu, muitas noites. Boas.
Mas agora espera. O tempo passar. É paixonite, passa. Alguns disseram.

Olho pro outro lado da rua, e a paixonite passa.
Passeia os dedos no cabelo pra me enviar seu cheiro, em vão, pois seu perfume já havia me penetrado muito antes de ele me ver, tolo, mal sabe que sei toda vez que chega. Ou será que já lhe disse alguma vez? Não lembro. É impossível se lembrar de sonhos. Cada encontro é sonho. Mas tento decorar cada fala, cada gesto, cada traço de cada encontro.
O ardido. O vício.
Quero sentir, tudo, de novo.
O cheiro mais próximo. Eléctrico.
As vezes eu te cheiro.
As vezes você me cheira.
É vicio.
O leve toque pela cintura que arrepia cada centímetro da minha pele. Você sabe que faz isso comigo. Contorna meu pescoço com o dedo, lentamente, suave, desce, sobe, acaricia com as costas da mão, e depois com o dedo novamente.
Me provoca, de propósito.
Eletrico.
O corredor que se silencia. Em cada encontro. Em cada duelo nosso. Meu brigando com o seu. O olho. O teu. Quem passa sente, o duelo.
Você me puxa, eu rato em boca de cobra, só sei ceder, inerte em sua boca, derramada, dengosa, mole, quente, e você sente. Eu luto, me desvencilho, e em um aperto só você me envolve novamente, eu já entregue, cordeiro.
E você sabe. Mas te confundo como qualquer mulher faz quando sabe que caiu na armadilha.
Te acaricio, te arranho.
dissemos adeus com palavras, morri milhões de vezes.
E eu voltei pro preto. até amanha, claro, meu querido. Num encontro, eu, voce, e a paixao silenciosa.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Pierrette.


A Pierrette foi embora e foi pela Colombina que o Pierrot se apaixonou, e essa menina só quer o amor do Arlequin. É neste e muitos outros carnavais que nos tornamos esses personagens lusitanos. A Pierrette esquecida aprendeu as bocas dos blocos de rua. E ai mamãe como eu quero. Mas é hostilidade os que passam cutucando o céu com os indicadores dancarinos. E os que na esquina bebem os desamores em messas de bar. Lança o perfume da moça que passa. Serpenteia o ar com alegrias, jogando embora os confetes como se fossem tristezas que não será mais carregada. Essa rua de paralelepipedos que suporta os azedume de coraçoes partidos, de olhares não correspondidos e de bebedeiras mil. A maquiagem borrada forjando prantos já chorados. O suor que molha a roupa, os calos no calcanhar, o ombro com o peso da cruz. De passo curto em passo curto se chega lá, no balanço das marchinhas, na sandália gasta, no urro de ansiedade "eu quero, eu quero.". E a Pierrette, ninguém viu pra onde foi.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Paradoxo.

Sou eu ou sou você? Quer dizer...é você? É! É! Sou eu. E posso sentir, o vir, o ir, das ondas do meu barquinho, do barquinho que foi lançado naquele beijo. Agora é. Ou foi. Nem sei mais, nem sei mais dessa dúvida. É carnaval demais pra gente dançar, deixar a onda levar. E esse medo. O meu? Não, o teu, né? Né? Tá, nosso. Já estamos no nosso? Não não, sou eu. Sou só eu.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Perfil.

Atemporal. Temperamental.
É mais que perceptível,
eu brinco com as palavras,
entorno meus pensamentos
como uma garrafa de vinho que tem
muitas histórias para contar.
Eu sei o que eu quero,
não procuro o que eu espero,
mas mesmo a contra gosto minha ansiedade me domina.
Com cada amor de rua me apaixono,
em cada noite eu esqueço o dia.
Sou artista da canção que me embala.
Sou poeta de sonetos que amo.
Egoísta por ter um mundo eternamente apenas meu.
Temperamental. Atemporal.
Posso ser igual a todos,
me sinto distinta do mundo.
Um coração selvagem aprisionado
num estado perplexo e medroso do
que lhe cerca.
Conto nos dedos cada desejo, cada ideal que crio e modifico a cada dia.
Hoje cortejo com o coração na mão cada pessoa que me apetitece.
Cortei a apatia, voltei a vida e agora procuro me esconder de qualquer penumbra que possa me cobrir.
Sou o oposto do que fui ontem, sou nova para mim mesma.
Não tente me conhecer, por que em cada cor que me coloro serei uma nova mulher.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Blank.


Apagou tudo. Cortou cada rosto. Jogou todos os livros. Comprou novos móveis. Assim que ela começou seu dia, assim é que ela colocou seus primeiros pés direitos no ano. Uma novidade limpa, um limpo branco, um esquecimento induzido, um coma acordado, um corte podado, um acidente meticuloso. Cada cantinho do seu quarto de paredes de massa corrida, escondidas por debaixo da tinta branca, estava limpa, alguns furos aleatórios estampavam o vazio que o vertical carregava com peso. Uma cadeira azul de madeira usada encostava no canto direito da sala, logo ao lado da janela aberta, sem cortinas. Ela olhava panoramicamente seu kitnete para ter certeza de que seria um começo, já que o recomeço ainda tardaria de vir, principalmente porque nem havia começado pela primeira vez para ter um recomeço. Afinal, não seria um recomeço já que ela nunca começou de verdade, nem optara começar a vida. Resolveu então jogar tudo fora, começar em pratos limpos, literalmente também, para ser um começo por opção. O fato de não poder renascer ela superaria, já que é meio difícil voltar no tempo, diria impossível com as tecnologias tão ultrapassadas de hoje, se comparada com a dos extraterrestres, é claro.

Havia anos que ela planejava isso, havia meses que vinha juntando dinheiro pra comprar tudo novo, mesmo que fosse usado. Deu de ombros aos conhecidos, sabia que no fundo eles a invejavam, quem não gostaria de ter a coragem? Então doou seu gato Tobias, vendeu seu opala bege, trocou suas roupas em brechós, mudou de cidade, circulou alguns empregos do classificado, e recomeçou. Bem, começou.

Física. Matemática.

Newton. Força. A medida da minha força. Os centímetros contidos em cada passo. O peso pesado de cada cruz. As probabilidades de nenhuma maçã jogada atingir sua cabeça. Dona N pensou que seu nome era n de nada, que nada bastava já que a cruz nunca cede, que os infernos nunca esfriam, que os mares nunca secam. Cada 24 horas que se é forte, que se dá um passo mais adiante para deixar as maçãs podres para trás, carregar a cruz, talvez a cruz de outra pessoa, talvez uma cruz maldita que teima em pesar mas que outra pessoa acabou colocando em sua vida. Talvez a própria cruz seja uma pessoa, talvez seja a propria pessoa.
Seu vestido preto da morte, a depressão que batia cada dia mais forte, e a aparente falta de sorte que nos últimos dias pareceu não querer mais partir.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Um.

Eu sempre me perco. Foi nesse dia que de ti me perdi também. Eu não sei mais andar, não sei conhecer, muito menos reconhecer. Nem se ele estivesse a um palmo. Desaprendi o que significa o tudo, não tenho idéia de quantos dedos tenho na mão direita, ou na esquerda. Qual a cor da minha voz, qual o peso do meu olhar, qual o cheiro da minha nuca. Ninguém mais sabe. Perdi as palavras de sedução da mnha boca. Esqueci de me olhar no espelho esta manhã, e sei que irei esquecer de me lembrar de olhar no fim da noite. Os dedos que não mais contei não tocam mais cada nota do piano que teimo em relembrar, que esqueci de tanto que não tocava. Errei em me perder, errei em perder todos esses anos perdidos, perder o tempo, perder a felicidade entoada, perder possibilidades. Não errei em amar, não errei em sofrer pelo amor, não errei em me arrepender, não errei em logo em seguida aceitar que tudo foi preciso. Mas qgora tudo isso eu perdi, esqueci, faz pouco tempo, há muito tempo que faz pouco tempo. Cada segundo é muito, mesmo o segundo a mais do ultimo minuto do ano é muito. Mas agora é novo. Um novo minuto, uma nova idéia esquecida, um novo.