sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Até Madri.

Ah santa alienação de viver numa ilusão. Volto á minha teoria de ser de outra geração, talvz uma mais pro passado. O negocio é que a vida é um comprimido de sensações, mas a única sensação que queremos é a estabilidade de vida e uma internet pra postar fotos novas. Nos preocupamos muito com o que vamos ser quando crescer que esquecemos que somos animais e que devemos viver tudo aquilo que desejamos. Mas é o contrário, fazemos faculdade, trabalhamos como escravos, sorrimos pra Deus e o mundo pra ter um status social bem cotado. É um mundo de aparências só pra conseguir ter um "futuro". Fui publicitária, editora, estilista, mão-de-obra depaís de terceiro mundo no primeiro mundo, desenhista, artesã, dancarina, cantora de coral, vocalista e guitarrista de uma banda de bom nome. Fiz e farei coisas que tenho vontade. Mas ainda bate aquele medo ao qual nos condicionaram: o do futuro e da estabilidade. A obrigação de fazer algo pelo dinheio é deprimente. Filosofos gregos já diziam que se você não fizer o que é certo você não será feliz. E acredito que todo bendito ser humano sabe que não é certo pra ele viver preso num lugar por causa do dinheiro, portanto não será feliz. E apesar de pagar viagens, objetos inanimados e comida, o dinheiro não paga satisfação pessoal nem a liberdade da sociedade manipuladora. Não paga isenção de doenças. Não paga isenção de infelicidades. É um vai e vem de um por um, e nenhum por todos que valha mi Deus. E acabamos que aceitando tudo de cabeça baixa. Talvez sim, eu seja meio rebelde, não me rebaixo á um chefe que me levanta a voz só porque ele é meu chefe, nem sonho com um trabalho em frente á um computador correndo o risco de em um curto período de tempo eu vir a ter problemas na visão e leer. Talvez sim, sonho em ser uma hippie louca fazendo mochilão pela Europa tocando em metrôs com meu homem do lado. Talvez, que pra mim será minha certeza. Porque o preço que pagamos pela liberdade talvez seja melho do que um mundo de vender sorrisos falsos por dinheiro.

Nenhum comentário: