sábado, 29 de março de 2008

Li em algum lugar


li em algum lugar..."Duas coisas indicam fraqueza: calar-se quando é preciso falar, e falar quando é preciso calar-se."
Provérbio Persa

segunda-feira, 24 de março de 2008

Luto.


Já pedi pra sair. Já pedi pra voltar. Rodei meio mundo tentando encontrar soluções pra tudo isso, pra tudo que me cerca, tudo que me mata, me come, me cospe. Senta-se diante do problema com uma bandeira branca e pede-se arreio, o que adianta se render? Nada. Nunca resolve. Niente.
Se conta:1,2,3,10,1000. E nada. Tentamos mudar, o meu, o seu e o nosso. Tentamos encontrar soluções, mudar de meta, concluir objetivos, mesmo que sejam estranhos. Talvez aquele método de sexo durante os 30 dias do mês que o pastor protestante citou lá na terrinha? Quem sabe? Terapia de grupo, alcólatras anônimos, conselheiro de casal, já foi tudo da lista, e agora? O que restou? uh uh. Um filme no close pro fim. O enterro dos bens. O preto do luto (daquele conjunto do funeral do tio Almir que já nem cabe mais). O branco da bandeira. Chuto chuto chuto o que é macumba. O desrespeito e deslealdade, infidelidade, insegurança, falta de confiança, carma, gêmeos, loucos obsessivos, todos esses pontos e virgulas que nos fazem tropeçar no comum do dia-a-dia. É bem assim, desse jeito, sem postura ou sem crença na fé de cada coração envolvido, principalmente da torcida, oposta e da casa, cada qual com suas apostas. Eu nem aposto em nada, mas só apartir de agora, perdi muita grana nesse jogo, isso é certo, comprei o cavalo errado. Talvez seja o certo, algum dia.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Tribunal.

Cheguei á conclusão de que o pôr-do-sol é injusto. Que no meu lar o sol é injustiçado. Depois de se deitar vem a noite, vem a escuridão, vem a melancolia de prata. Tudo o que se evita pensar ao decorrer do dia aparece á noite. Bate na janela com o assobio do vento, penetra no sono e corroe as lágrimas.

Jogos e Trapaças.

Quem vai? Quem fica? O que fica são memórias perdidas aqui e ali. Segredos, mentiras e mágoas que refloram aqui e ali. Corra Lola Corra que não adianta não. O Ser humano tem memória de elefante, mas infelizmente só pras coisas ruins, porém quando as coisas ruins passam pela porta e diz não querer mais só vem lembranças boas. É um 'q' interessante desse tal ser humano, não? Quando perde dá valor, não dá valor enquanto não perde. Tem que jogar. Tem que se valorizar. Fingir, mentir, ser insincero por que senão ele não vai confiar em você nunca (segundo a amiga de uma protagonista desse sitcoms da vida americana). Só se sabe que existem milhões de regras pra jogar, centenas de fórmulas pra se seguir, pior que eu não sei nem jogar nem seguir nada, aliás, seguir só o instinto, coração, sentimento . Ser sincera mesmo sem confiança. Jogo não serve pra mim. Cú doce não serve pra mim. Gosto dos pratos limpos, gosto do preto no branco, gosto do tudo por escrito. Nada de entrelinhas. Bote pra fora. Até onde que se atura tanta dissimulação não se sabe, alguns nasceram mesmo presse esquema todo, o problema é que esses alguns são 97% do mundo, e estando entre os 3% restantes tá sendo um tanto...bem...digamos que estou exilada.

domingo, 16 de março de 2008

Quando tudo está perdido.

É em câmera lenta que eu o vejo: com direito ao clássico vento no cabelo, a estrelhinha de brilho no sorriso e o versátil olhar de baixo pra cima. Ai que me dá o arrepio da espinha. Ele trabalha na sala ao lado, em frente à um computador que não funciona nada nada, e é nesse esquema que eu entro na história. -Menina me ajuda aqui! Sento ao seu lado, digito algumas bobagens e passo a mão no cabelo, só pra dar o charme no trabalho todo que ando tendo na sua seção. Nem acho ruim. Esse foi só mais um que ficou no passado. Vem outro, câmera lenta, mão no cabelo, o trabalho todo que tenho com ele. E vem outro e mais outro. Não paro, pois canso desse. Se não canso então paro nesse, é uma regra de relacionamento à antiga, por que esse esquema todo de namoro aberto é meio clichê da atualidade, prefiro da forma clássica mesmo. Mas não o clássico muçulmano, porque aí volta pro clichê da atualidade. Até que me apareceu esse, que veio sem mais nem menos, na verdade não foi não. Eu o tinha visto pela primeira vez há uns meses atrás, foi de primeira aquele calor, talvez a primeira vez que eu tenha sentido esse calor, mas fizeram bico, disseram que era gay, taxaram de galinha, e com tanta coisa ruim assim envolvida prefiri deixar pra lá, fingir que não vi. Afinal, tudo isso foi o que eu sempre sonhei...em um homem pra nunca me envolver. Mas essa atualidade com esses esquemas de msn, cinema, clube e televisão lascou com tudo. Ele veio com esses queixo de menino galinha (não gay). Mulher moderna não nega um bom beijo, o que foi que eu fiz, mas nega um mau homem, que foi que eu fiz. A partir daí, depois de ler umas 'Claudias' com depoimentos do gênero de outras que fizeram o mesmo, ele se encantou. E no encanto de um puxou pra outra, que no caso era eu. E o caso foi uma novela, o vai e vem, a viagem, a outra, as chegadas e partidas, o outro, e nesse lenga lenga fois e passando o tempo. Cada minuto junto, cada manhã do lado, cada domingo preguiçoso no canto de sofá, cigarros divididos, miojos num só prato, alianças de verdade, casamento de boca-a-boca. De casal mau homem e menina doida foi para homem-marido e mulher dedicada. A prova de mudanças e o teste de confiança. O encontro de outra parte em alguém que se procurou em toda parte, mas que em algo casual que não se via filhos agora criou-se família. E assim vai, nada de felizes para sempre, porque felicidade eterna é mentira de filme. Mas pode se considerar que seja eterno enquanto dure, e que dure para sempre.

Resoluções para 2008.

05. Comprar pra Avril livros de auto-ajuda como o "aprenda a ser sexy de verdade".
04. Ensaiar com o Cansei de Ser sexy passos cool pros shows.
03. Apresentar o planejamento familiar á Angelina e Brad.
02. Ensinar a Amy Winehouse novas maquiagens e cura-la da bulimia.
01. Forçar a Britney a malhar com mais dedicação.

sábado, 15 de março de 2008

Meu Mau.

pé no saco. chata. egoísta. mal-humorada demais. bem-humorada demais. conclusão: bipolar. sou danada, preguiçosa e altruísta. Inocente demais. Vingativa demais. Sincera, até demais. Personalidade mutável (mas não influenciável, porfavor). Eu xingo, arroto, me meto em brigas pra perder ou ganhar. sou um pouco homem, eu sei. menina também. mas mulher todo dia. não reconheço ninguem, nem me lembro de nomes. prepotente ás vezes. mal interpretada, sempre. psicopata, paranoica, louca, não doida. impulsiva demais. medrosa demais. sentimental, até demais. demais. odiada por muitos. querida por pouco. mas lá no fundo, nem tão no fundo sei que o ódio é inveja, prepotente, avisei. não sou carinhosa. não bebo água. sempre derrubo pipoca, e odeio farolos no tapete, sofá e cama. vivo por empatia. analiso deus e o mundo. aversão a deus e o mundo. me isolo, me enturmo, em apenas um segundo. bipolar, avisei. dona da razão, a melhor é a minha versão. calma demais. estourada demais. bipolar, até demais. avisei.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Aconselho o senhor/senhora.


SEJA UM BOM ELEITOR! VOTE NA RED RUN e mande deus e o mundo fazer o mesmo

segunda-feira, 10 de março de 2008

Ó do borogodó.

Em mesa de bar se cria debates, mesa redonda, temas polêmicos. Mas se cria também a mesmice, chatice, criancice (só pra rimar). Na ultima mesa em que me sentei levantou-se teorias, na verdade fui eu mesma pensando com meus botões. É impressão minha ou as noites não são mais as mesmas? Bateram na mesa, falaram que estavam velhos demais pra isso, que o público já não tem mais a mesma alma, blá blá blá. Comentou-se que na verdade não são as nights que se tornaram chatas, mas sim porque já se passou dessa fase prum plano melhor, que agora mesa de bar não é pra rebolar ao som da música da moda mas sim masagear o intelecto. É culpa do funk, ou da vulgarização que tomou as rédeas da sociedade juvenil alternativa? Sobem no palco garotas e garotos, de top, mini-saia, raizes pretas de cabelo da cor que já não é mais recente, cintas-liga á mostra por debaixo da mini-saia com top, cenas do palco do ultimo bar no qual sentei na mesa. Talvez seja a antiquação da minha geração que envelheceu demais. Talvez seja a liberdade sexual que deu o grito de 'libera geral aí galera'. O toque de recolher talvez esteja se tornando necessária. Ou é a minha geração que se tornou antiquada demais. Só sei que tá uma putaria que só o diabo mandou fazer, porque só o bichinho tando aqui no meio dessa jovenzada toda pra dar liberdade pra isso tudo. Alguns levantaram a possibilidade de um manifesto reverso á do paz e amor dos anos 70, pra ver se as partes íntimas voltem á ser íntimas e não outdoor. Para que soutiãs voltem á ficar debaixo da blusa, pra que as calças-mostra-cuecas voltem á ser utilizadas da forma correta, para que fio dental seja apenas sinônimo de higiene bucal, ao menos pra saúde oftamológica que muito doutor de vista quer manter. Meninada, libera geral, mas sem exagero em público, façam a putaria mas não onde se quer apenas beber uma cerveja e bater na mesa para debates, por que mulher pelada é só nas propagandas de cerveja, combinado? Tô velha demais pra isso...

terça-feira, 4 de março de 2008

A Porca.

Deu em todos os jornais. Saiu ate numa notícia curtinha num programa de variedades lá na Russia, pelo menos é o que eu fiquei sabendo. O fato que gerou tanta polêmica assim foi porque a porca torçeu o rabo. Até então cientista algum pensou que seria possível, nem mesmo os mas espertos dos fazendeiros conseguiram entender aquela façanha, era um mistério até no mundo animal, ao menos foi o que alguns esquilos da babilônia demostraram. O seu José Eustácio lá do sitiozinho não conseguiu me explicar bem como foi, só me disse que ele tava treinando a porca prum concurso que ia ter lá na baixa da égua, essas coisas de interior que gosta de mostrar os bichinhos fazendo alguma coisa de gente como vestir o burro de caubói e as galinhas de vovozinha, e ele teve a idéia de ensinar a bendita porca a dar umas piruletas pra trás. Invenção de gente ingênua, cê sabe como é. Pior que ela tava se mostrando uma porca nascida pro negocio.
Depois de estar bem treinada, e constatado que tudo ia dar certo, ele botou umas fitinhas verde e rosa nas orelinhas da porca, umas meiazinhas nas patinhas da bichinha, pra ficar um porca charmosa lá na feira que ia ter um concurso, e pra chamar atenção também, ele se meteu no caminho pro lugar. Chegou lá tinha bicho e pessoal pra tudo quanto era lado, era um enxame só quando viram a porquinha com o José Eustácio, eu sei porque eu tava lá, não ia perder de ver a porquinha lá do sítio na sua primeira apresentação (lá no sítio a gente cuida dos bichos como se fosse da família, cê tem que ver, só chamar as galinha que elas vem tudo correndo, uma graça só).
Quando começou a apresentação dos talentos animais foi que tudo começou a desandar, era tanto bicho inteligente que a gente ficava de boca aberta, o negócio tinha evoluído bastante, nada bais de burro de caubói e galinha de vovozinha, tava brabo a concorrência, e acho que a porca sentiu isso, apesar da gente tá lá dando todo o apóio, dizendo pra ela que o dela seria o melhor e que ia sair de lá com aquela fitinha azul de primeiro lugar. Todo mundo tava lá sentado, fazendo figa com os dedos pra que tudo desse certo.Quando chegou a vez dela o José Eustácio posicionou a porca bem no meio da arena, tadinha dava pra ver as perninhas balangando de nervoso, não era pra menos. Quando o treinador dela deu o sinal, pronto, era menino derubando pipoca, menina derrubando a maçã do amor, pai ficando brabo e mãe botando a mão na boca. Os jornalistas ficaram tudo batendo foto e anotando nos caderninhos, e o José Eustácio tremeu nas base. No final a porca saiu rodando e caiu de rabo no chão, quando foi ver o rabinho da bicha, judiação, torçeu.
Nem ficou feio não, mas foi um choque. Os paramédicos foram correndo pra evr se tava tudo nos conforme, se num quebrou ou deu hemorragia interna, mas parece que só ficou naquilo mesmo, uma torção leve. Acabou que ela não ganhou, porque os juízes falaram que isso não se faz, que isso e aquilo, de botar a vida do bicho em perigo era injustificável, mas o povo ficou tão chocado que pediu ao menos o terceiro lugar pra ela, pelo esforço e pelo rabo.Hoje ela passa bem, o rabo, bem o rabo torçeu e todo porquinho que nasceu desde então também tem o rabinho desse jeito. Depois do choque até que a gente achou graça, ela ficou mais charmosinha e tudo mais. Mas depois do susto é assim mesmo. Só sei que o José Eustácio nunca mais inventou de fazer nada do gênero com medo de na próxima vez acontecer uma ziquezira e ele dar com os burros n'água ou dar o baixa da égua.