sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O que ser quando crescer?

Por onde você vai?
Pela sombra. E é pela sombra que eu me perco.
Isto? Só um exercício, o livro que mandou, o livro que me ensina sobre um de meus sonhos.
Tenho objetivos na vida, e o maior deles é seguir meus sonhos.
Vi que quando pequenos somos atraídos àquilo que gostamos, que amamos, e a partir de seguir o que amamos descobrimos o que vamos ser quando crescer. Porém é aí que a cagada acontece, quando crescemos supostamente devemos parar de seguir o que amamos por que o que amamos é insustentável, não dá certo, é só um sonho, utopia.
Me diz você, quão pertubador isso soa? E se mudamos de gosto? O que acontece? Ficamos presos com o que nosso eu mais novo gostava? Aquela pessoa que você já não é mais é quem decide o que seu novo eu deve ser?
É isso?

Cloud Cult.

Fui convocada por um amigo a ver uma banda chamada Cloud Cult no The Roxy, clube pequeno fisicamente mas de coração grande e onde eu já havia ido ver os 100 Monkeys. Mimicking Birds abriu o show, sentimento melancolico entre o vocal e o backing folk do trio, a bateria, fantástica, abusava dos tons e do surdo o que fez com que as músicas tivessem um feeling mais intimista. Mas quando o chamado culto das nuvens subiu ao palco, pessoas diversas adentraram o pequeno clube na famosa Sunset Strip de L.A., que agora ficara menor ainda com as expectativas. "EU TE AMO, voces sao DEMAIS, AI MEU DEUS ESSE É O MELHOR SHOW DA INHA VIDA" era o que gritava um pequenino homem ao meu lado, se duvidar, tinha gente chorando, eu? Algumas lágrimas nos olhos. Quando o show estava pra comecar resolvi ir pedir um copo de agua a baronista, quando me virei me senti teletransportada para um outro mundo. No palco via se um cello, um violino, uma guitarra, baixo, bateria, trompete, o chamado French horn, teclado...e dois outros instrumentos inusitados: duas telas em branco, tudo iluminado por luzinhas de natal por todo o palco. Quando os 3 garotos e 3 garotas preencheram o vazio dos instrumentos e dois artistas plásticos tomaram em suas mãos os pincéis o mundo mudou. O violino e o cello entravam em harmonia com os metais e em estruturas especiais os pintores giravam as telas que enquanto rodavam eram coloridas esporadicamente por pinceladas que acompanhavam a música, que traz o sentimento de trilha sonora da vida. A vibração dentro do clube era intensa, pelos chamados hipsters, por mais que tenham falta de credibilidade, pela primeira vez senti empatia. E pela empatia a mim, abram seus coraçoes e conheçam Cloud Cult.