domingo, 30 de agosto de 2009

Enfim...


"Esqueça-se da AIDS, das drogas, das bombas nucleares, das experiências genéticas, da manipulação da informação pelo poder. A verdadeira ameaça, a mais presente, são os ciúmes e o desejo, o êxtase, o arrebatamento, o momento em que você terá de derrubar as estruturas sobre as quais assentou seu equillíbrio mental. A paixão é a ameaça mais presente, não importa o quão racional você pense que é. Ninguém está a salvo.
Melhor sentir falta de algo do que acabar sentindo que sobra algo. Prefiro a saudade à rotina."

trecho do livro 'Amor, curiosidade, prozac e dúvidas.' da Lucía Etxebarría

Dance.


Talvez isto seja somente uma inspiração plagiada, porém, lá vai...

Sempre busquei tesouros para preencher minha vida: um bom emprego, bons amigos, um grande amor, um mascote para me receber após um longo dia...
Tem dias que olho para trás e penso quantos desses tesouros passaram pela minha vida, e já se foram. Amizades que amei profundamente e que por fim me decepcionaram e viraram as costas. Amores que prometi amar pra sempre, e prometeram me amar pra sempre, e que por fim, não restou nada. Empregos dos quais eu acordava completamente estimulada para vestir a camisa, e que por fim, vi a verdadeira face dele e o quanto eu me doava para algo que não fazia questão.
Porém,sempre tentei que o passado não atrapalhasse o futuro. Amando novas pessoas, e buscando novas formas de provar que nem todo mundo é assim.
Tive amarguras, tive dias felizes. Tive altos, e baixos. Momentos de solidão, momentos rodeada de amigos.
Quando se é mais nova você se imagina com 18 anos, e se alegra em imaginar sua faculdade, sua independência, não ter limites. Ao chegar aos 18 aos você percebe que não é todo esse glamour, e sonha ter seus 25 onde terá um bom emprego, carreira promissora, estará formado, provavelmente com um mestrado no exterior em vista, talvez um companheiro com quem futuramente poderá se casar e...ao chegar lá, vê que não é bem assim. Aí se sonha com os 30, talvez já casada, planejando ou esperando por um filho, uma casa própria paga em 50 prestações, feliz...e...bem, acabou não sendo bem assim.
Sonhamos, planejamos, desejamos.
Temos medos. Receios. Pensamos demais.
Não dizemos "te amo" para pais e amigos com a frequência que deveríamos.
Somos egoístas, somente pensamos no vamos ganhar com aquilo.
Muitas vezes não focamos.
Não damos valor ao presente, sonhamos demais com o futuro e esquecemos os podres do passado e achamos que naquela época tudo era melhor e que ele te amava apesar do que fez contigo (de repente você não se lembra do quanto sofreu), ou que aquela amiga era muito confiável e que nem se lembra por que se separaram (talvez por que ela te trocou por novas amizades, mas você não se lembra direito), ou que sente falta da sua infância (apesar de você ter sido uma criança solitária).
Apesar do que falam por aí, NÃO APRENDEMOS COM NOSSOS ERROS.
Apertamos a mesma tecla até o fim.
Como falam por aí, A ESPERANÇA È A ÚLTIMA QUE MORRE.
Eu canto sozinha por aí, eu danço, pinto, vejo filmes mais filmes, lembro do passado, mesmo esquecendo seus podres, e sonho demais com o futuro. Não aprendo com meus erros, mas mesmo assim, tento me conscientizar de quais foram para quando insistir em um erro ao menos saber onde estou pisando.
Amo amigos, me entrego à paixonites, faço tudo o que meu coração manda fazer, mas sempre com o ouvido na razão e preparada PARA SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS. Vou contar-lhes um segredo: talvez você seguir seu coração, fazendo o que você tem vontade mas respeitando seus limites (e o dos outros), e se você se preparar para qualquer consequência, é o segredo para não se arrepender. Então diga "te amo" quando sentir vontade, beije e abrace quando sentir vontade, coma aquele bolo inteiro quando sentir vontade, sorria, ria, GRITE, dance sem música, pule, bastante!, escreva o que sente, desenhe o que sente, bata fotos de todos os momentos felizes, MUITAS!, relembre o passado mas valorize o presente, curta as paixões não correspondidas pois quando você encontrar seu verdadeiro amor vai sentir falta da dor de cotovelo, curta as paixões correspondidas mesmo que não seja a pessoa da sua vida, não machuca conhecer alguém diferente até que o amor da sua vida venha, caminhe na praia com um bom amigo no final da tarde, faça uma viagem para qualquer lugar sem propósito algum num fim de semana de folga, viaje muito, pergunte o nome do atendente ou da vendedora, além de você conhecer alguém diferente você fará com que essa pessoa se sinta feliz por algum cliente dar o mínimo de atenção só pelo fato de perguntarem seu nome, e consequentemente trabalhará mais estimulado, cuide de uma planta e converse com ela, cuide de um animal e converse com ele, curta os momentos felizes, curta os momentos tristes, sim, pois é depois de algo ruim que vem a coisa boa, e se não fosse por esses momentos jamais daríamos valor aos momentos felizes, assista documentários, seja curioso, leia muito, escute músicas que você nunca escutou mesmo as que você detesta, só podemos odiar aquilo que conhecemos, aproveite e vá para algum lugar que você jamais iria mas sem preconceitos, acredite, você tem com se divertir lá se você se deixar levar, saia com um conhecido que você jamais saiu, o pior que pode acontecer é você conhecer gente nova.
Não sou feliz, nem sou infeliz, por isso siga essas dicas sabendo que não são garantias de uma vida de felicidades, mas sim uma vida de experiências.

Como uma vez disseram: Work like you don't need money, love like you've never been hurt, and dance like no one's watching.

(Trabalhe como se você não precisasse de dinheiro, ame come se você
ê nunca tivesse se machucado, e dance como se ninguém tivesse olhando)
http://www.boloji.com/family/00108.htm


domingo, 23 de agosto de 2009

Bang bang...


my baby shot me down. Somethin' like lonelyness. G'nite.

"I was right, from the start, all along
maybe the sun wasn't made to bright too long
maybe people like me should'nt be

could you please make truth apear
babe, not so near
I'm triyin to make it heal
I'm banin you from any place near"

domingo, 9 de agosto de 2009

Reach me.


Can you see this? Isto é uma mão.
Uma mão desesperada, mesmo assim uma mão.
Ela se joga, buscando uma corda para se erguer,
um parapeito para se apoiar, talvez até mesmo
uma outra mão.
Talvez uma outra mão desesperada,
para assim compartilhar seu desesperao
com alguma mão que a entenda.
Talvez uma outra mão, compreensiva,
que consiga ler suas entrelinhas,
e então dar-lhe o que precisa,
como esta mão sempre sonhou.
Mão egoísta, talvez.
Aliás, qualquer mão serviria em tempos
de desespero.

sábado, 8 de agosto de 2009

Je ne suis pas là pour être aimé. (Não estou aqui para ser amada. )


Não me perdoo. Somente precisava de um capuccino e um bom livro pra sentar na minha poltrona favorita ao lado da janela da sala, e um outro detalhe que cairia bem pra completar o cenário perfeito na minha concepção: um abraço teu. Passei por abraços mil, mas nenhum se iguala ao teu. Tudo bem, era pra ser assim, você o príncipe do cavalo alvo, mas você se torna de modo simples outrora minha alegria, agora mais um cadeado em torno do meu pescoço. Um porco-espinho ronda a minha casa, despreocupado, gastando-se em momentos simples. Frágil como sou, sempre acabo por me machucar, lúdico. Apontam-me o dedo ao passo que reduzo no canto da sala, assustada mãos cobrindo o rosto, me gritam "se deixe ser amada" "não estou aqui para isso, são negócios". Mas não estou mais aqui para isso, não mais, é assim que tento me convencer, fechada para balanço, esse era o último e coisas do gênero. Veja bem, não confio em você, nem nele, sou uma taça de cristal rachada, sou imperceptível às críticas que me sugerem mais que tudo na vida o amor que mereço. Mas não me dêem isso que eu tanto quero, não quero mais. Só quero o teu abraço, morno, frio, você não me faz feliz.

Butterfly.


Peguei um giz de cera cor de rosa e risquei em minha parede branca e sem graça dois corações, formando assim asas. Ao terminar o contorno me sentei no chão e encostei colando as asas às minhas costas, alço então um vôo, simulo assim a liberdade. Eu uso as pernas pra correr, eu uso as mãos pra me pentear, e é uma corrente com cadeados que protejo meu frágil coração.