segunda-feira, 21 de setembro de 2009

De onde vem a calma.


Há muito que não te visito não é Luísa?
Penso em muitos nomes ultimamente, mas nenhum um apetece.
Provavelmente sou impermeável pois quando os sentimentos
me molham continuo seca.
O sexo sem sabor, o beijo sem amor, o abraço sem amizade.
Você entende?
O esgotamento do social me encontrou, quase como uma morte
que cobre os olhos dos agora desalmados.
Este é meu cigarro com marca de batom, meu passo para esta morte, mas não me interessa essa conversa de que um dia ele me matará, irei morrer querendo ou não, neste instante, o "ou não" não entra em questão.
Eu sei Luísa, vou parar de falar besteira. Me dê um beijo e tudo ficará bem você me diz?
Não, não irá ficar bem. É só uma ilusão passageira essas palavras.
Acreditamos que ficará por que alguém que amamos sonoriza essas palavras, mas a felicidade não passa de um suspiro, o bom não passa de utopia, mas o importante é que não abro mão do meu otimismo, acabo realmente com esperança de que tudo ficará bem.
Estou aprendendo a libertar meu coração, meu signo é da água, então consigo me transformar gradativamente, é o que dizem deste elemento não é?
Inspiro e expiro, às vezes cinco vezes, às vezes dez.
Você me sabe, entende que consigo ser bem esquentada, e isso não me faz pensar direito, acabao agindo com insensatez. Refleti muito sobre isso, e por tal razão que decidi me acalmar, tomar outros ventos, colocar músicas mais pacíficas no meu som, controlar o pensamento do sangue quente.
Vou me postar em frente ao controle. Talvez seguir o budismo para ter ao menos crença em algo.
Acredito que nunca terei a tua paz Luísa, você é um doce.