sábado, 30 de agosto de 2008

Acontece.

90% da poeira de um lar é composto por restos do nosso corpo, células que já se foram. Levo em consideração o tempo de luto que se tem num dia de fim, metade do tempo que com aquele tiveste. Um mês, talvez dois, pra cada vestígio, cada pó da sua poeira, cada fio de cabelo escondido no canto da casa, cada pedaço de roupa que tocaste, se perder no tempo. Acontece que meu frio me calou, isso acontece.

Acontece.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Rascunho.

Uma Bossa Qualquer.

Eu te dou uma chance pra dar e vender toda essa dor, todo esse amor.
Pequenas instâncias de qual nenhum ficou, perseverança de um certo prazer.
Perfeitos juízes de seu própio viver. É o que você diz, é o que você é.
Não há uma lei, não tem regra nenhuma. Só jogo de tiro que ninguém mais quer. Desejo de morte, uma corrupção, sujeira travada entalhada cravada no seu.
Fica apenas um, fica ao menos dois. Reles devaneios que lembra o depois.
O após, o final, o the end, o fim.
Onde quem fica de pé, fica em você e ém mim.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O Segredo.

Entre palavras o corpo sabota, dissimula e sem a gente nem perceber. Culpa de uns anos atrás já bem acumulados na vida pós vida. Um dia quando se abre os olhos pro mundo lá fora você percebe o calor por dentro quando se volta para o amor da vida que lhe acompanha em cada amanhecer, e a frieza que te cobre quando passa da porta e vive-se com a caverna externa do mundo, onde ninguém escapa da guerra selvagem, ninguém é bom, altruísta ou cordial. Talvez seja a cidade, às vezes penso, talvez sejam as pessoas da minha idade, também penso, por ora penso e me recordo de fofocas e palavras que para dentro de mim escapam sobre vidas alheias, pessoas que todos amam mas que todos queimam por entrelinhas, e eu lidando com a sinceridade me revolto com esse delito culposo do qual não entendo. Mas entendo que prefiro assim, aber da verdade, reconheço a verdade, tenho poucos em minha mão, um amor, alguns poucos amigos, reclusos na minha vida, conto nos dedos para que eu posso cobri-los com a mesma em momentos aflitos, e sei que farão o mesmo, pois já o fizeram inúmeras e infinitas vezes sem pestanejar, e é por isso que nunca nenhum amigo meu ao qual denominei amigo me magoou, por estes contarem com o mesmo ideal que eu: a verdade. E graças aos céus o homem que me acompanha aprendeu que nada mais que um gole do amor e da sinceridade torna o ser feliz.

Polenta.

É muita coisa pra se aprender a misturar na panela. E às vezes quando tudo desanda você não sabe se pega a colher de pau ou joga tudo pro alto, principalmente quem nunca cozinhou. Só no dia pós dia que você vai tentando e vê qual personagem da receita você se dá mais, e muitas vezes por gostar de tal sabor você teima em compartilhar mais tempo com aquele específico, mesmo sabendo que tá estragado ou que com você não se dá. Vida moderna ou decerpita ninguém sabe, o único fato descarado na cozinha é que você só descobre no fim do dia, se a banana lhe serviu de ajuda ou de desgosto.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Caveirinha.


feliz dia dos mortos.

sábado, 9 de agosto de 2008

Santinho.


colagem para "História da Indumentária", 2006, por Stephanie Valentine vulgo 'eu'.

I do Hate 'em!


ilustração por Felipe Guga

O Anel.


Que coisa estranha. Só o que se escuta por aí, dentro de nós. É bom, é bom, é só o que eu sei cantarolar. Larilala, aquela canção que as princesas de conto de fadas sempre cantam quando estão amando. E o melhor de tudo, é quando se começa a amar tudo de novo, como se os dois fossem duas novas pessoas uma para a outra, renovando tudo de bom que há entre os mesmos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Menina de Ouro.

A morte de um ídolo, um copo de vinho, e uma dublagem mais que mal feita. Assim que são esses dias bons, de sofá, pipoca e um game pra dar uma alegrada, que deixando por conta do filme já tem o suficiente, até demais. Cerejas de tira gosto, fofocas pra variar, meninos, meninas e mulheres. Menina que vai embora, que abandona e que dá inveja de voltar pra terra que logo logo me receberá, bela São Paulo que é 50% da minha naturalização brasileira. Contos de meia-noite antes de chegar a madrugada, seriados redneck que é tesourinho. Toca freebird, que esses ídolos morreram. E a paz de espírito, ahhhhh, a cama. Fim.

♥ por Stephanie Valentine, que não costuma escrever com nexo quando tá com sono.

sábado, 2 de agosto de 2008

Ironica.

o desespero mora do lado do desesperança, pressa inimiga da perfeição, e tudo que eu mais quero nessa vida é calma na minha vida, a caveira é pra avisa, a pimenta p espantar mau olhado, e o laço p dar sorte, boa viagem. me guie.
"FELIZ DIA DOS MORTOS"