terça-feira, 21 de abril de 2009

Talvez seja o frio, talvez seja o calor, mas jamais será possivel ser os dois. É minha contradição interna que dissolve nos 32 graus celsius de 5 litros de sangue que por meu corpo passam. Tudo o que eu sei é que preciso de você na minha cama agora.


"Entre o mar profundo e o demônio, aquilo era eu."

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Inexata.

Sei que este meu sorriso não estampa minha alma. O mundo esquecido que agora me devora. Tudo anestesiado, agora dolorido, machucado, aberto. Como se independesse dos dias, das semanas, dos meses. Como castigo depois de tantas alegrias. Como que pena por não ter dado direito ao luto. Agora, luto. Me faz paz, me faz terna, me tire o medo que me consome mais que qualquer outro rapaz. Tantos prazeres sem sabor, perdidos no centímetro por centímetro. Insonso de tanta dor, prantos incolor. Escondido ali, camuflado, imperceptível aos olhos do público insensível, agora eu igual a massa, caminhando, combinando, sincronizada e amaldiçoada com o comum. Não se deixe levar, não se deixe amar, não se deixe entediar. Impacto no peito, já cansado e inútil.

E o alvoroço na mente, sem saber se sente, sem saber se não sente. Apropriada e a apropriar, o que é meu, o que será e o que foi, expulsar o que não deveria ali estar, fantasmas no meu quarto que me persegue pela vida. Apaga a solidão. Faz o prato de arroz, e vista o terno. Escova o dente, arruma a cama. Deita-se. Pensa. Dorme e acorda, no meio da noite. Entre tormentos. Entre pensamentos impróprios. Entre a escuridão que me sacode. É você com um clichê. E eu, que já nem sei. Talvez uma sobremesa. Talvez um jantar.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Memorando.


E não há veneno de cobra que amargue a minha pele.
Nunca entortarão o piso suficientemente pra que eu dê um passo em falso.
Não cultivo confiança em gente de rosto pintado.
Não crio expectativas em gente que não me apetitece.
Não continuo amor naquilo que não merece.
Haverá de vir um cartaz em letras garrafais pra dizer
para venenosos tais a ruina que sofrerão por
desejar maldade em vão.
E com dizeres tal como esta que
muitos depositaram a crença de que de certa
forma sou ingênua.
Mas minha ingenuidade estampada é pra disfarçar
o olho vivo, meu coração e meus sentidos
que jamais me trairão.
E que fique por escrito para você que usará
a carapuça que agora lhe serve:
Fernecerá. Apodrecerá. Por conta do que é
pra ser será.
É a inveja que te enfeia.
Ambição que te azeda.
Ruindade gratuita que te fede.
Tramas que em tua pele explodem.
E para a autora que aqui escreve somente
coisas boas virão.
Posso não ser a mais santa das santas,
mas nunca em vida me arrastarei pelas
costas de ninguém. Nem desejei maldade em vão.