segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Poréns.

Se cogita em várias possibilidades divergentes das atuais. Se pensa que é melhor não se criar vinculos, tipo algum de laços sentimentais. Ora pois se o melhor de um relacionamento é a conquista, o conhecer, a emoção de não conhecer, e é neste onde o mesmo transmite mais felicidade, é porque ainda não há vinculos. Amizades onde não há exigências acima da diversão, responsabilidade alguma, sempre cabe melhor, sempre é melhor alguém que você acaba de conhecer. Por não conhecer os podres, por tudo ainda ser resco, por ainda não ter tido mágoas e traições. O porém de que é melhor a decepção do que nunca ter a vivido é citação de quem nunca amou de coração.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Ignorância é felicidade.


É de orgulho extremo, satisfação devastadora me valer desta mente. Consciência perpétua de socorro, não querendo fazer-me de alusão a nome algum. Nunca me interessei por tudo isso. Sempre me excluí de tudo isso. Talvez em parte meus dias azuis se fizeram por isso. É preferível andar pelas ruas acompanhada de companhia própria ao lugar de companhia qualquer que me contorce o estômago. Me excluo, e me criticam, não percebem então que para minha pessoa de nada valem. Vangloriam-se, destroem-se, se colocam no topo de seus mundos sujos e alternativo, do sol fogem a cada fim de festa, se entocam em seus quartos ainda adolescentados, em meados dos 20 e poucos anos. Em busca de apenas novos discos para decorar o clima de suas casas noturnas, novas tendências para tal como pavões no cio, arrepiarem suas cores estampadas nos lenços e sapatos londrinos. Pernoitam durante o sol, e os que sobrevivem, de arte entre aspas como eles mesmo citam, se alimentam...Tchaikovsky, kubrick, filme brasileiro...corroem a cultura para decorar alguns sobre nomes difíceis, abrir um leque de cultuação, repetir o que escutam. Se vestem de todo jeito, ou de qualquer jeito. Me confundem. Todo e qualquer um. Me confundem. Me confundem eles próprios, me confundem com eles próprios. Eu grito em desespero. Eu canto como navalha para cada braço, perna, corpo. Repudio, me diferencio, evito, não olho diretamente, a todo custo, a qualquer custo. Estou acima disso. Sou gente. Não obscuro. Não obstante me convenci, que a ignorância é felicidade. Olhando para essas pobres criaturas. Enquanto os que, como eu, se marginalizam por saber demais, por conseguir enxergar demais, além da caverna aristotélica, sofrem, martirizados pela verdade. Cegos, da mesma forma.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A Original.


Ela é perfeita, assim que se diz. O corpo alinhado, rosto bem estruturado, pernas encaminhadas. Um dedo a menos de minha altura, talvez dedo e meio. Aquele tipo de estranheza, que não se sabe se é bonito ou feio. Ela é uma cachorra, mas me ama até a morte. Me acompanha no azar ou na sorte. Andamos de bar em bar. Procuramos outros amores. Conhecemos diversas realidades nervosas e arranhadas de expectadores que nos apontam o dedo. Talvez sendo a nossa a mais diversa realidade nervos e arranhada. Os arranhados que me contém do braço direito até o lado esquerdo do peito, que ela mesmo causa, que ela mesma cuida, de peito aberto, de peito de fora, amiga do peito, amor no coração que bate de dentro do peito. Personagem perfeita de Allan Poe, com seus cabelos loiros de dia, e negros de noite, de ambas formas emoldurando o maxilar rígido que contorna os lábios de dia finos, de noite pomposos. Nem curto, nem comprido. Homem. Mulher. Criança. Infantil. Ela sou eu, ela sou eu homem.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Bang Bang.

eu morro, eu mato. Eu bato, esperneio, tudo o que for preciso. você se mete, eu te corto.
você me ama, eu te odeio. Você tenta, eu consigo. voce pensa, eu sei. conheco o naipe.
é de velho. é de casa. tô em casa. não foi por falta de aviso. não foi por negligência alheia. os outros dão, você aceita. qualquer uma. da sua boca, ninguém a qualquer uma é. é? me vai um qualquer um. aceito de frente. aceito de lado. aceito de costas. aceito de olhos fechados qualquer proposta de um mundo melhor.
eu sou louca. sou insana. eu morro, mas antes eu mato. esfrego na cara. infantilizo. admito. mas o importante é que eu matei, é que morreu. que vai morrer um dia. que vai saber que não vale nada. e que morreu. e que fui eu quem matou. eu.