terça-feira, 30 de outubro de 2007

Sonhos de Uma Noite de Verão.


Você acorda, titubeia de um lado pro outro. Escova o bafo. Penteia os nós. Arruma os trapos. E desmancha a cama mal-feita. Bem feito pra todos. Um corpo quente do lado. Gostoso de ter. Até onde vai a tenue linha entre o sonho e realidade. Até onde se mantém o sonho. Se imagina as possibilidades. Se imagina se algo vai ser tão bom assim pra sempre. Se imagina se terá algo tão bom assim de novo. E a única coisa que se pede é pra não parar quando se pede pra parar. Esperneia de manhã. Aconchego á tarde. E sorrisos de noite. A realidade distorcida e o sonho claro em tons de cinza. Tudo é difícil de entender. Ao acordar não se sabe se você é alguém que sonhou ser uma borboleta, ou se é uma borboleta que está sonhando ser gente. Descrente de que o dia de hoje irá ser em vez de não ser. Boa sorte é o que se diz a cada sonho real. Sorte boa se ela for realmente real.





"Quando penso com cuidado no assunto, não encontro uma única característica capaz de marcar a diferença entre o estado acordado e o sonho. Tanto eles se parecem, que fico completamente perplexo e não sei se estou sonhando neste momento." Descartes

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