domingo, 4 de maio de 2008

Vitrine.

O mundo gira gira gira, e pára, num mesmo ponto, você. E ninguém nem sabe como fomos chegar nesse ponto, ninguém nem lembra quando o rabo de cavalo de lado saiu de moda imagina lembrar como chegamos nesse ponto. Hoje em dia sabemos a cara de cada um dos 6 bilhões, sabemos como é um leão, uma giraffa, um elefante, principalmente a cara de cada um dos 6 bilhões de seres humanos (veja bem, há anos atrás pintores pintavam leões, giraffas e elefantes nas mais fantásticas formas, já que um grego, por exemplo, jamais havia visto um!). Roda,e pára, em você. A gente nem percebe, mas estamos vestindo cachecol no calor, calça jeansmais apertada do que devia, e ficamos parados, estátuas, manequins, em uma vitrine. Expomos o que somos, corrigindo, o que QUEREMOS expor, sendo algo parte de nós ou parte de uma personalidade que queremos que os outros acreditem. Ah, se você não é assim esquece, você é o que é, num quadro de moldura calra você é aquilo que se vê. Veio aí tantas modas, preenchimento de perfis, criação de usuários, que música? que livro? filme? about you? tudo para diminuirmos a nossa baixa auto-estima, para subirmos em degraus, padrões, nos igualarmos á outros perfis de orkut, perfil pin-up, perfil alternativo, perfil roqueira, e tantos outros mais. Acabmos que nos separando e sugando para a vitrines de cad aum desses grupos, porque quadrados ficam com quadriláteros e círculos ficam com as rodas, cada um se encaixando e se mostrando para o mundo, que já não é tão grande assim.

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