sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Possibilidades.

Á o que se deve o choro? Á quem que se tem que pagar essa dívida?
Dádiva ao mesmo tempo sina. Tentativas de mãos vazias, sem ajuda nem de Deus nem de ninguém. Se come o pão que o diabo amassou no prato que se cuspiu. Apanha com a solidão conjugal que não é à dois. Imagina-se uma realidade melhor. Imagina-se quais seriam os ultimos pensamentos. O Porque de partir. Tentar achar um mundo melhor. Arrancar dores do peito que os comprimidos não abrandam. Se sonha com possibilidades de se libertar de tudo mais cedo. De abrir as portas dos céus ou o abismo do inferno. Porque se vive nos acontecimentos do passado e nas previsões do futuro. O hoje não existe até virar ontem, amanhã. E ainda há a possibilidade de amanhã não vir. Acaba que a vida existe entre lacunas, vãos que deixamos de perceber. E só percebemos as dores do peito, desejando com todas as forças o seu fim...

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