quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Natureba.

Tarefa de casa: sente na janela e pare de observar aqueles milhares de saquinhos de amendoim que passa por cima de nossas cabeças dentro do avião lá. Feche os olhos e preste atenção. Quantos sons da natureza se escuta? Vento? Mar? Passarinhos? Gente só isso mesmo?! Triste fim.
A fatia de sons da natureza na vida urbana é de 5%, comprovado cientificamente! Eu juro! E daí se parte pra outras coisas, como o fato de que se exige que cada pessoa plante uma árvore durante sua vida, ao menos pra compensar aquelas milhões de páginas de diário que meninas de 12 anos gastam escrevendo sobre amor platônico. Seria da nossa natureza matar a natureza? Afinal dizem que o homem é o ser mais consciente e inteligente da fauna mundial, mas é o único animal burro de que se tem notícia em relação á preservação do seu meio. Ah, e essa história de que deixar o apartamento limpo é o mesmo, não é verdade tá??
Lembro ate que quando eu tinha uns 11 anos fiz um grupinho de 'escoteiro' pra conscientizar á todos em relação á preservação e prevendo que iria ter buracos na camada de ozônio e que a garrafa de água iria subir pra 6 reais, todos riram. O negocio é que não eram previsões, eram fatos que á quele ritmo iriam se agravar, mas que ninguem se importa. É só olhar pela janela e contar quantos bem-te-vis cantam e comparar com os ratos que passam de lixo em lixo. Bichos que ninguém se importa, gente que nunca viu um canil e olhou nos olhos dos animais que serão sacrificados em um dia, e que pelo olhar você vê que sabem que seu fim está próximo, e que foram pessoas impacientes "jogaram fora" por que roeu o sofá da sala ou comeu o pão de cima da mesa.
Todos pensam que é assim, descartável a vida da pedra e a vida da planta, do bicho fofo e dos bichos feios, o céu, o sol e o mar.Nada é eterno, e nesse passo que percorremos, tendo até preguiça de separar plástico de papel, o mundo vai acabar na nossa geração mesmo, e não é culpa do apocalipse.

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