quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Amarelinha.



Eu gosto muito! E pior de tudo que nem tenho vergonha disso, não me sinto menos madura, nem mais infantil, é parte de quem sou. Sinto sim frio na barriga quando chega a nova Capricho pelo correio (é, acho que minha mãe tava meio atrasada quando me deu de surpresa a assinatura.), não sinto remorso de gastar metade do meu salário suado num playstation e acessórios e passar a madrugada jogando, e amo mais ainda ficar me arrastando no chão brincando com minha gatinha Holly Wood (eu gosto de nomes estranhos e também em homenagem à uma personagem que gosto muito). Coisa de criança? Adolescente? Jovem Adulto? Segundo o escritor Antoine Sainte-Expuéry, do famoso Petite Prince, a lástima maior é crescer e se esquecer de como se era feliz vendo tudo como se fosse pela primeira vez. Sempre fui surpreendida no meu cotidiano, às vezes olho pro céu comum, aquele que está lá todo santo dia, e acabo perdendo o fôlego, impressionada "como pode ser, o que será, que cor!", e o triste é que os que se esqueceram de como é essa sensação não conseguem enxergar nada além de loucura, sua....não do céu. Desenvolver esse lado "criança" é o que torna cada dia diferente, especial, se alegrar com pequenas coisas e se surpreender com as grandes, que talvez pelo costume ou cotidiano não são mais tão grandes. Mas a sensibilidade de grandes artistas veio daí, é você enxergar além do azul do céu existe um mundo infinito e uma escuridão, o vácuo, outros mundos, e não só a cor azul aquarelável que algum dia pintaram ali para nós.

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