domingo, 6 de janeiro de 2008

Ultimo que Morre.

Os humanos vivem com uma preocupação latente de viver pra sempre. Procura-se então viver para sempre em outro. Encontrar o elo perdido de sua alma num sentimento verdadeiro e lá permanecer até o fim da vida, de suas vidas. A complexidade aparece. E a questão aparece: relacionamentos acabam não sendo até o fim da vida. O pra sempre sempre acaba. Então por que dividir-se em alguém que está apenas de passagem? Pergunta que os desiludidos fazem. Qual o sentido disso tudo? Da fé, do desejo, da paixão, esperança, amor, empolgação, e finalmente, o fim? O amor nunca tem nexo, nem na escolha de quem se ama, nem nos meios que escolha, e sempre foi um ponto de interrogação defini-lo. Os relacionamentos não seguem regras alguma, e só podemos seguir os dias na esperança de que dure o máximo possível, com uma boa venda negra nos olhos tateando para adivinhar como agir e por onde ir, tendo a preocupação de não quebrar algo que seja frágil. Algumas pessoas iniciam um romance já sem esperança: "Eu já sabia como ele era, mulherengo sabe? Era pra ser coisa de uma noite só, paixonite. Só que quando me dei conta já tava de anel nos dedos entrando na igreja. Ainda to esperando pra ver no que vai dar.".
Conhecendo várias situações amorosas ao decorrer de anos colegiais acontece muito de um casal acabar resolvendo que se ama, mas que não dão certo, que precisam terminari e se reencontrar daqui 2, 3 anos. Ou seja, acabam que criando uma segurança, pra se nada der certo lá está o amor que ele guardou. Cada um, uma fórmula.
A desesperança acabou se enrustindo ao decorrer dos tempos, ao passo de que os relacionamentos acabaram se tornando completamente fugazes, coisas de uma noite só, talvez pra resumir logo esse negocio todo de fim de namoro. Beija-se e pronto, que venha o próximo. Talvez seja por que sou antiquada, ou talvez por que eu seja romântica demais, mas relacionamentos deveriam ter significados, e deveríamos voltar á ter esperanças de que amor é pra sempre, sem tirar os pés do chão é claro.
Tantos medos afloram que acabmos nos cegando, ignorando sentimentos bons, perdendo aquela esperança boa de que se colocaria a mão no fogo pelo outro. Aquele sentimento tão especial.
Admito que acabei me tornando moderna e perdendo a esperança, mas continuo a tentar encontra-la nem que seja dessa forma contemporânea.

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