terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Põe Mais Um Na Mesa de Jantar...

que hoje preciso levar o salpicão com batata. Não foi feito de qualquer jeito, teve o tal do carinho no meio, não tenho culpa se o gosto saiu de moda, é que você sabe, carinho meu é complicado, mas não tem nada de mau cuidado. Aumenta o rádio que eu adoro essa música, essa mesmo, essa do verão, da tarde de verão, cantando em letras simplórias sobre um amor piegas entre eu e você. Entre nós. De quando coloco sua foto na moldura, ou de quando falo pra todo mundo das besteiras gostosas que você usa pra me fazer rir. Sorrir. Qualquer um dos dois. Brilhou, ornou com o vestido de costuras e pences que eu mesma fiz naquela aula de tentativa de estilista. Tá escrito no romance que eu cultivei, na cartinha que você me deu, nos batuques que a gente causou. Talvez seja por isso que essa paixão voltou, talvez seja por isso que o amor não morreu, talvez seja por isso. Ou será que veio da certeza de um amor bonzinho, com cara de mau, da transformação de cada uma das partes, que são um a cara do outro, um do jeito do outro. É um par que é pareo. Por que amor que todos telefonam dizendo que foi feito pra ser amor não é pra qualquer par, não é pra qualquer esquina, não é pra qualquer um combinar sem botar ou tirar. De qualquer jeito amor, bota preguiça aqui nesse sofá, que talvez seja por isso.

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