sábado, 12 de janeiro de 2008

De Que Adianta

Tenho a capacidade de facilmente passar de romântica irrecuperável á rainha do gelo quando o assunto se volta para relacionamentos. Sabe-se que o ser humano é um animal, e que no quadro geral, animais são poligâmicos. Através disso pode se criar um interessante silogismo: o homem é um animal, animais não são monogâmicos para que possam propagar a espécie, portanto o ser humano não é monogâmico. Cientistas comprovaram que o homem tem esse dom, de desejar mais de uma parceiras, que na língua das mulheres (as que não são tão liberais assim) leva o nome de mulherengo ou possível traição. Ja essa mesma pesquisa explica o fato do por que as mulheres (as que não são tão liberais assim) não tem essa tendência 'natural': filhos. Um ser humanA leva 9 meses para dar á luz, depois mais uns 7 anos para a cria já ter capacidade de fazer algo sozinho, e depois mais 11 anos para emancipá-los, ou seja, são 18 anos de pura dedicação. E seu desejo maior é proprcionar a vida perfeita para a criança, tendo como principal objetivo, criar uma família, com tudo que se tem direito, ou seja, pai da criança. Então durante esse tempo ela não tem aquela necessidade de propagar a espécie, enquanto o homem quer propagar a espécia a noite toda, no sofá, no quarto, no banheiro público, na casa do Zé. Tem-se então o desejo enrustido de propagação de espécie, e no instinto masculino, lá no fundo animal dele, ele tem q propagar espécie em outras, muitas, no máximo que puder (homens por favor não usem isso como desculpa para trair suas mulheres). O fato é, quando foi que nós, gênero feminino da espécie, começamos á criar todas essas expctativas em relacionamentos? Quantos desses que você conhece (namoro, ficas, casamentos, etc.) você viu durar "até que a morte nos separe" ou até que os dois estejam feliz nele? Escorrega pelos dedos. Bate na bochecha. Parte o coração. A solução é a mais complicada, na verdade, não tem muita solução. Não tem uma regra. E ás vezes não tem nem esperança. Tem gente que acaba aceitando que o relacionamento tem desses problemas mesmo, balança o ombro e segue em frente. Tem outros que abaixam a cabeça com a mão nos cabelos tentando entender. E tem outros que assistem filmes clichês chorando de tão lindo que é o amor deles. Sem saber que na verdade choram por que sabe que aquele homem que faz tudo pela mulher, e corre na chuva pra dizer que a ama depois de toda aquela complicação de um que ama o outro, que também o ama, que esse esterótipo clichê de homem NON EGZISTE (como diria o padre Quevedo). Amor perfeito não existe, é sempre complicado. É difícil aceitar os 9 homens com os quais ela já transou, e é difícil aceitar o passado mulherengo dele sem duvidar que não é passado. É complicado, é mar de lágrimas, saber que no fundo homem é homem e um dia fz merda, ou que mulher é vagabunda por que não passa 18 anos atrás do filho e vai atrás de outro homem. Mas deve-se admitir, que a qualidade do ser humano é a de que a esperança nunca morre, que as pessoas não param de se erguer e procurar o par perfeito, talvez pela vida inteira, ou talvez no final acaba se convencendo que esses problemas devem ser normais mesmo e que ele pode se tornar sua alma gêmea, na esperança de que ele não tenha esse desejo de propagar seus genes. Ou seja, de uma forma ou outra, relacionamentos sempre são problemas, e fechamos os olhos para essa realidade. Ou talvez é só uma visão pessimista implantada por um Admirável Mundo Novo.

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