quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Ignorância é felicidade.


É de orgulho extremo, satisfação devastadora me valer desta mente. Consciência perpétua de socorro, não querendo fazer-me de alusão a nome algum. Nunca me interessei por tudo isso. Sempre me excluí de tudo isso. Talvez em parte meus dias azuis se fizeram por isso. É preferível andar pelas ruas acompanhada de companhia própria ao lugar de companhia qualquer que me contorce o estômago. Me excluo, e me criticam, não percebem então que para minha pessoa de nada valem. Vangloriam-se, destroem-se, se colocam no topo de seus mundos sujos e alternativo, do sol fogem a cada fim de festa, se entocam em seus quartos ainda adolescentados, em meados dos 20 e poucos anos. Em busca de apenas novos discos para decorar o clima de suas casas noturnas, novas tendências para tal como pavões no cio, arrepiarem suas cores estampadas nos lenços e sapatos londrinos. Pernoitam durante o sol, e os que sobrevivem, de arte entre aspas como eles mesmo citam, se alimentam...Tchaikovsky, kubrick, filme brasileiro...corroem a cultura para decorar alguns sobre nomes difíceis, abrir um leque de cultuação, repetir o que escutam. Se vestem de todo jeito, ou de qualquer jeito. Me confundem. Todo e qualquer um. Me confundem. Me confundem eles próprios, me confundem com eles próprios. Eu grito em desespero. Eu canto como navalha para cada braço, perna, corpo. Repudio, me diferencio, evito, não olho diretamente, a todo custo, a qualquer custo. Estou acima disso. Sou gente. Não obscuro. Não obstante me convenci, que a ignorância é felicidade. Olhando para essas pobres criaturas. Enquanto os que, como eu, se marginalizam por saber demais, por conseguir enxergar demais, além da caverna aristotélica, sofrem, martirizados pela verdade. Cegos, da mesma forma.

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