terça-feira, 24 de junho de 2008

Faxina de Férias.

É um dia despreguiçado que se descobre aquela gaveta empoerada numa das portas de armário. E dentro dela se abre mais que uma gaveta...se abrem caixas de sapato abarrotadas de relíquias, pastas com lembranças de dias que já há tempos se passara, dentro daquele caderninho de capa duvidosa, suas páginas amareladas com um papelzinho de bala ali colada, pra relembrar um batida mais forte que o coração dera naquele dia. Jóias que não valem um tostão, mas que não se venderia por nada. Pedaços de lembranças, que te transportam de volta a dias que nem você lembrava mais ter vivenciado, talvez jamais viria a relembrar se não fosse por aquele pedacinho de papel de bala colada numa página amarelada de caderninho de capa duvidosa. Mas se ganha muito mais que a nostalgia, se ganha a recordação do que você amava fazer, do que colocava um sorriso no seu rosto, do que costumava ser seu refúgio antes das drogas, do sexo e do rock'n'roll, e você não tem nem um papelzinho de bala para ajudar a lembrar quando foi que aquilo deixou de ser tão importante. Pra onde foi?


P.S.: Dai passa-se a traçar uma meta: voltar ao passado, voltar a criar hábitos a tanto abandonados, para tentar me sentir tão bem quanto me sentia na época desenhando, escrevendo e cantando. Tarde de faxina, poeira levantando, e a luz sépia que brilha pelas cortinas da janela.

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