terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Um.

Eu sempre me perco. Foi nesse dia que de ti me perdi também. Eu não sei mais andar, não sei conhecer, muito menos reconhecer. Nem se ele estivesse a um palmo. Desaprendi o que significa o tudo, não tenho idéia de quantos dedos tenho na mão direita, ou na esquerda. Qual a cor da minha voz, qual o peso do meu olhar, qual o cheiro da minha nuca. Ninguém mais sabe. Perdi as palavras de sedução da mnha boca. Esqueci de me olhar no espelho esta manhã, e sei que irei esquecer de me lembrar de olhar no fim da noite. Os dedos que não mais contei não tocam mais cada nota do piano que teimo em relembrar, que esqueci de tanto que não tocava. Errei em me perder, errei em perder todos esses anos perdidos, perder o tempo, perder a felicidade entoada, perder possibilidades. Não errei em amar, não errei em sofrer pelo amor, não errei em me arrepender, não errei em logo em seguida aceitar que tudo foi preciso. Mas qgora tudo isso eu perdi, esqueci, faz pouco tempo, há muito tempo que faz pouco tempo. Cada segundo é muito, mesmo o segundo a mais do ultimo minuto do ano é muito. Mas agora é novo. Um novo minuto, uma nova idéia esquecida, um novo.

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