quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tree.


Nunca sabemos o que fazer. Nunca sabemos. Na verdade não sambemos nada, apenas chutamos as respostas e torcemos para que dêem certo. Muitas vezes temos tudo, às vezes temos que começar do zero. É como se fóssemos aquela velha árvore de natal, baqueada, jogada no fundo do armário esperando o mês da glória. Já passamos muitos anos escondidos e ressurgindo das cinzas, iluminados, sorridentes. Todo ano aprendendo à lidar consigo mesmo, ano após ano recebendo uma roupagem nova, recebendo sorrisos novos, recebendo cores novas, todo ano. Todo ano estamos diferentes, porém nunca sabemos o que fazer com toda a roupagem que disfarça o que realmente somos, árvores quebradas e machucadas disfarçadas com sorrisos. Alguns de nós usam a decoração do ano passado, mas mesmo conhecendo cada bola, cada neve, cada estrela no seu topo, mesmo assim, conhecendo cada centímetro de si mesmo, não se sabe o que fazer, tem-se o risco da coisa ficar feia, tem-se o risco de ficar mais bonito do que o ano passado. Mesmo com os prós e contras tem-se o risco, sempre vai ser diferente, nunca vamos saber cada passo, nem repeti-lo, pois sempre vai ser diferente, e vamos continuar sem saber o que fazer, jogando a moeda e pegando ela no ar para então chutar: cara ou coroa?

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