sábado, 8 de agosto de 2009

Je ne suis pas là pour être aimé. (Não estou aqui para ser amada. )


Não me perdoo. Somente precisava de um capuccino e um bom livro pra sentar na minha poltrona favorita ao lado da janela da sala, e um outro detalhe que cairia bem pra completar o cenário perfeito na minha concepção: um abraço teu. Passei por abraços mil, mas nenhum se iguala ao teu. Tudo bem, era pra ser assim, você o príncipe do cavalo alvo, mas você se torna de modo simples outrora minha alegria, agora mais um cadeado em torno do meu pescoço. Um porco-espinho ronda a minha casa, despreocupado, gastando-se em momentos simples. Frágil como sou, sempre acabo por me machucar, lúdico. Apontam-me o dedo ao passo que reduzo no canto da sala, assustada mãos cobrindo o rosto, me gritam "se deixe ser amada" "não estou aqui para isso, são negócios". Mas não estou mais aqui para isso, não mais, é assim que tento me convencer, fechada para balanço, esse era o último e coisas do gênero. Veja bem, não confio em você, nem nele, sou uma taça de cristal rachada, sou imperceptível às críticas que me sugerem mais que tudo na vida o amor que mereço. Mas não me dêem isso que eu tanto quero, não quero mais. Só quero o teu abraço, morno, frio, você não me faz feliz.

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