terça-feira, 19 de agosto de 2008

O Segredo.

Entre palavras o corpo sabota, dissimula e sem a gente nem perceber. Culpa de uns anos atrás já bem acumulados na vida pós vida. Um dia quando se abre os olhos pro mundo lá fora você percebe o calor por dentro quando se volta para o amor da vida que lhe acompanha em cada amanhecer, e a frieza que te cobre quando passa da porta e vive-se com a caverna externa do mundo, onde ninguém escapa da guerra selvagem, ninguém é bom, altruísta ou cordial. Talvez seja a cidade, às vezes penso, talvez sejam as pessoas da minha idade, também penso, por ora penso e me recordo de fofocas e palavras que para dentro de mim escapam sobre vidas alheias, pessoas que todos amam mas que todos queimam por entrelinhas, e eu lidando com a sinceridade me revolto com esse delito culposo do qual não entendo. Mas entendo que prefiro assim, aber da verdade, reconheço a verdade, tenho poucos em minha mão, um amor, alguns poucos amigos, reclusos na minha vida, conto nos dedos para que eu posso cobri-los com a mesma em momentos aflitos, e sei que farão o mesmo, pois já o fizeram inúmeras e infinitas vezes sem pestanejar, e é por isso que nunca nenhum amigo meu ao qual denominei amigo me magoou, por estes contarem com o mesmo ideal que eu: a verdade. E graças aos céus o homem que me acompanha aprendeu que nada mais que um gole do amor e da sinceridade torna o ser feliz.

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