domingo, 31 de maio de 2009


Meu amor,
saiba que meus braços são teus, te procuro sem cansaço, te desejo mais que minha paz. Te beijo incansavelmente, te acaricio noite adentro. Saiba. Esteja acima de tudo, esteja fora desse mundo superficial, observe tudo por fora, assim como faço. Sei que és como eu. Sei que tu não tens ânsia por modismo, nem se vangloria de tua personalidade. Sabes de tudo um pouco, e sabes que o sábio é o que admite que nada sabe. Não cita nomes pra demonstrar inteligência, não usa calças apertadas pra mostrar que é legal. Não busca olhares de mulheres "montadas" pois sabe que delas não exala perfme algum. És seguro, és um homem seguro. Não necessitas de nada de fora pra que saibas o que é por dentro. Me conta histórias, me desenha em teus cadernos, e cita trechos dos livros que tu lê e que eu iria gostar. Rio com cada gesto teu, me desmancho em cada abraço. Brinco com cada tolice tua, e ri de cada tolice minha. Sabes que reviro os olhos quando me exalto, sei que ficas calado em momentos apropriados. Você me faz rir, nunca nenhum outro o fez. Contigo finalmente sinto amor, contigo finalmente sinto alegria, contigo sinto o sol, contigo beijo a noite, contigo sinto orgasmos. És digno, carrancudo, homem. Tens valores, ideais, caráter. És o mais belo de todos os homens, e independente de como o tempo irá lhe esculpir, continuará a sê-lo. Caso contigo toda noite, amo-te a cada dia. Fostes o único que me decifrou, que soube que meu silêncio é meu sofrimento, que minha alegria é inocente, que meus abraçs são de criança, que minhas lágrimas são de alegria, e as de tristezas se convertem em carrancas. Me fez acreditar que isso é possível. E isto tudo eu lhe direi, assim que fizer dois outonos do instante que eu lhe conhecer.

sábado, 30 de maio de 2009

O gato e o cacto.


O que pertence à minha alma que ainda não tenho conhecimento? Nem mesmo conhecimento sobre a alma que preenche minha carne tenho, não sei dissertar. Talvez a solidão, com meu cacto e meu gato, ícones próprios dos solitários, aquele que espanta mas é belo, e aquele que é belo e solitário, porém tem ansia de apego. O silêncio do quarto, o vazio da cama, o telefone que não toca, o abandono que me cansa. Ninguém pra me cuidar, divido-me em mim mesma, me levo pra passear, me levo para um por-do-sol saboroso. Converso comigo mesma, pra finalmente saber o que penso, quais meus gostos, minhas cores prediletas, meus sonhos e aspirações. Nunca os soube, eis o problema de dividir-se em alguém, nunca ter oportunidade de se conhecer, ter gostos originais, sem influências, sem comparações. Crio um unvierso somente meu, não lhe deixo conhece-lo, não lhe deixo penetra-lo, é sombrio, é assustador, por fim, é belo à sua maneira, beleza exótica infrigida pela minha curiosidade. Me detruo e reconstruo por entre pontes derrubadas e estantes da mais fina madeira ardendo em chamas. Há fumaça, há desespero, mas a esperança de se erguer uma nova parede por entre o caos me encoraja. Busco alcançar o mais alto dos muros, a mais longíqua nuvem, comer da mais rara fruta, impossível clamama alguns, para mim, apenas temporariamente não conquistado. Espero o verão me aquecer, para chegar até lá.

sábado, 23 de maio de 2009

Estou em um ponto da minha vida em que sinto que sou apenas observadora. Vejo as horas, que passam de uma só vez aos meus olhos. Vejo as pessoas em suas vidas fugazes, coloridas, inebriantes, observo-as, como uma expectadora interessada em alguma palestra científica, analiso, critico, e cada vez mais desejo estar fora desse caos todo. Há. Já são duas da manhã, já vejo que é mais uma noite sonhando acordada, imaginando uma vida que talvez eu nunca viverei, imaginando homens e casamentos com esses homens, e escolheno nome pros filhos que sonho em ter. Vinicius, vicente...Ás vezes volto pra realidade, e percebo, que as vezes imagino coisas demais, que narro a vida demais...deve ser a minha ansiedade.

Feliz 2009.

Nunca gostei de expor minha vida pessoal explicitamente.
Porém hoje percebi uma coisa, o quanto eu vivi intensameente neste ano. Falo como se o ano já tivesse ido, mas a s subidas e descidas de marés foram tão intensas desde o dia primeiro de janeiro que sinto ter vivido anos. Talvez eu tenha descoberto a fórmula que tanto procurei, talvez essa forma não seja a resposta que tanto procurei. Somente neste tempo me "divorciei", me apaixonei por uma pessoa próxima, me desapaixonei dessa pessoa próxima, me encantei com um estranho que conheci, e que senti como se já o conhecesse a vida inteira (pode-se dizer que já o conhecia, só não pessoalmente). Paguei mico, e me fizeram pagar mico. Fui contra meus ideais, e depois aprendi que eu tenho ideais que valem mais a pena de serem seguidos. Fui cara de pau em ter momentos tiete, coisa que sempre critiquei. Conheci o Rio, voltei pra São Paulo, vi o show da minha banda favorita, m seguida de uma banda que detesto, e depois de uma banda pela qual me apaixonei. Vi o show de uma atriz pornô. Pulei carnaval de rua, pulei carnaval na sapucaí, coisas que sempre odiei. Mas amei. Reaproximei-me de amigas, me afastei de uma amiga, e me aproximei muito mais de outra amiga e descobri que apesar da distância tem outras duas que foram feitas pra mim. Fiz coisa errada, fiz coisas aconselháveis, fui mesquinha e egoísta...e admiti que fui. Fiz "peitinho" num estranho, fiz minha primeira matéria como aspirante a repórter. Ampliei meu profissional. Recebi propostas de emprego, recebi propostas de saídas. Minha mãe adoeceu, minha mãe se curou, e eu e minha mãe passamos por cirurgias juntas. Perdi um gato, ganhei esquilos. Me aproximei de amigos que nem sabia que tinha. Conheci gringos, o que pra mim não já que sou uma, fiquei bebada na frente da família, mas tudo bem, passei mico com minha prima. Fiquei por ficar, com amigos, com estranhos, com bisexuais, de novo contra meus ideais, mas aprendi muito sobre mim mesma, que eu só quero ficar pra ficar pra sempre. Quero preparar as malas pra relizar um sonho, São Paulo, já que meu outro sonho coloquei de molho. Aprendi muito sobre mim mesma, amadureci, ao ponto de colocar um sonho de molho por admitir que ainda não estava preparada. Estou sozinha pela primeira vez na vida, pagando as contas, cuidando dos meus esquilos. Comprei roupas caras, comprei roupas baratas. Comprei um perfume importado pra minha mãe, e pretendo comprar um isqueiro caro pro meu pai, decobri que me dá prazer dar presentes supérfulos para eles por mais que eles não admitam que eles queriam muito aquilo. Bebi muito, e admiti que deveria parar porque era só pra disfarçar minha tristeza. Reolvi encarar de frente minha tristeza, e de que depois dela vem a felicidade. Fui muito feliz este ano, talvez mais do que nunca fui, ao mesmo tempo que também estive muito triste, mas meu otimismo de acorda todo dia, pra que tudo dê certo, pra que eu encontre um grande amor, pra que eu tenha o trabalho dos meus sonhos, pra que eu ganhe um gatinho pra cuidar como filho, pra ter minha casa na cidade que eu me identifico. Eu quero uma continuação a altura. Feliz 2009.

domingo, 17 de maio de 2009

Dentro de mim vive eternamente este fogo incansavel e faminto.
Entendo que a tristeza é passageira, isso consigo decifrar. Mas não entendo porque esta solidão demora tanto a partir, este desejo cresce em cada segundo desperdicado peloa dor, e espero loucamente por um sinal teu. Maldito telefone que não toca, maldita caixa de mensagns, maldito correio lento. Devo culpar as raõez diversas, ou apenas você que não me liberta?
Percebo que minhas frustrações são obsessivas, corroem meu peito sem ao menos pedir permissão. Talvez seja meu desespero, minha vontade incontrolavel de que venha-me um homem que decifre cada loucura minha. E que minha loucura completa se resuma apenas ao amor que lhe terei. Cuide-me, transe, contorne cada linha.
Analisei teu corpo com o olhos de uma só vez, disfarçadamente para que não fosse indiscreta a minha curiosidade. Sei que naquele momento fiz amor com você. Senti teu perfume mesmo que de longe, senti teu abraço mesmo sem te-los, me aqueci com teu peito mesmo só com o pensamento.

sábado, 16 de maio de 2009

Teus olhos me chicotearam por entre as fortes luzes, mal eu sabia que a partir dali meu coração não pararia de acelerar. Um amor fugaz, inesperado, mais um pra colocar de troféu na minha estante já abarrotada de corações partidos. O que fazer com as mãos, o que fazer com os pés, naquele olhar até mesmo de respirar esqueci. O teu calor que corta como faca me penetrou. Tua estrela tão distante, tua alma tão pesada, e eu lhe implorando para te deixar livre de todas as amarguras. Presenteie as a mim que já lido com ela há anos. Quero te poupar de sofrimento. Quero te poupar de tristezas. Aperte minha mão, livre-se da dor. Eu levarei a culpa por você. Tão fugaz assim. E eu sei que pra você também o foi. Mas tudo não passou de poucos segundos, quando teu olhar colou no meu com um sorriso bobo de amor, enquanto nos cruzavamos, dois estranhos, por uma esquina de nome qualquer.

sábado, 9 de maio de 2009

Eis aqui a perplexidade que vos demonstro em uma só colher de sopa. Deveria ou não a minha pessoa fugir? Se de tanto me vangloriei de jamais desistir de nada me coloco então diante de situação tal onde todos me aconselham o mesmo, desistir. Imagine-se com um coração na mão, negando cada verdade, se agarrando às possiblidades de serem prós e não contras cada uma das cenas. Se a realidade é essa porque lá no fundo sente-se que não o é. Mas por outro lado, às vezes acreditamos que um oasis está onde na verdade existe somente o calor e a armagura da areia ao vento solitário. Desiste-se, ou luta-se pela causa perdida. Não seria a insistência e a paciência passos pra vitória. Confia-se em que em tal circunstâncias. A alternativa é se agarrar ao pouco que sobrou.